O filósofo analfabeto contra a “alma vestida” da alienação acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2021v59n60ID25121Palavras-chave:
Curso de filosofia, Alienação, Universidade, Crítica, Trabalho pedagógicoResumo
Na articulação alegórica entre o “filósofo analfabeto” de Álvaro Vieira Pinto e a “alma vestida” de Fernando Pessoa, como expressão da alienação, sistematiza-se o estudo sobre a matriz curricular de 8 cursos de Filosofia das Universidades Federais da Região Sul do Brasil. O estudo orientou-se pela análise dialética materialista, implicando na aproximação com o fenômeno, produção da análise dos dados e síntese. Os documentos representam o condicionante que expressa a Filosofia como produto hegemônico do continente europeu, sendo uma espécie de demonstração da “alma vestida” que forma os estudantes brasileiros avessos a conhecer sua realidade. Ao longo do texto é apresentada argumentação em favor da crítica, tendo por base a totalidade em que o país está inserido. Neste sentido se potencializa a Filosofia contra a alienação acadêmica, fundamentada, portanto, na intenção de conhecer e produzir a resolução de problemas concretos do povo do qual o estudante de Filosofia é parte.
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