Brilha, brilha, estrelinha
as apropriações e significações de Lúcia para os letramentos
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2024v62n74ID37327Palavras-chave:
Vivências/Letramentos, Sentidos e significados, Educação InfantilResumo
Este artigo apresenta o resultado de pesquisa longitudinal e etnográfica que teve como objetivo compreender como um grupo de crianças de três anos de idade se apropria dos letramentos no contexto de uma escola municipal de Educação Infantil. Partiu-se destes questionamentos: Quais vivências possibilitaram a construção de sentidos e significados para os letramentos? Como Lúcia se apropriou e construiu sentidos e significados para tais vivências? A pesquisa se pautou nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural e da Etnografia em Educação, cujos diálogos geraram o construto teórico-metodológico Afeto/Cognição Social Situada/Culturas/Linguagens em Uso (ACCL), que sustenta a unidade de análise Vivências/Letramentos. Considerou-se que, em 2017 e 2018, as atribuições de sentidos e significados de Lúcia se entrelaçaram na relação dialética entre o individual e o coletivo. As significações produzidas por ela, por meio da unidade de análise (Vivências/Letramentos), possibilitaram compreender o humano como social, inserido na cultura e construtor da cultura por meio das emoções.
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