Gênero feminino: identidade e estereótipo – Dilma Rousseff em seu primeiro mandato
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2016v18n1ID11064Palavras-chave:
identidade, estereótipo, ethos, performatividade.Resumo
Neste artigo, buscamos analisar a identidade feminina em discursos de Dilma Rousseff, primeiro mandato, tendo em vista, de um lado, os estereótipos históricos da “feminilitude” que valorizam a falocracia, e, de outro, posições de “feminilitude” que valorizam a práxis do feminino, em posição feminista. Para tal, são levantados sentidos linguístico-discursivos com vistas não somente à reprodução de estereótipos históricos, mas também à contestação e ressignificação destes. Nossa análise linguísticodiscursiva prioriza macro-categorias: ethos discursivo, feminilidade e “feminilitude”, cujo propósito é identificar os performativos identitários da “feminilitude”, tais como legitimação e resistência frente a uma ordem social histórica falocrática. E diante desta trincheira, um ethos discursivo se configura por micro-categorias: ruptura, identificação, agenciamento, empoderamento e contestação. Mesmo diante deste quadro teóricocategorial, que privilegia as trincheiras de resistência às ações históricotradicionais, ainda verifica-se a ordem social e as ações históricotradicionais do falocrático.
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