Zé-povinho e civilizados: o discurso humorístico na imprensa da cidade de natal na belle époque
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2017v19n1ID11863Palavras-chave:
Discurso, Posicionamento, Imprensa, Humor, Natal, Belle ÉpoqueResumo
A cidade de Natal, capital do estado nordestino do Rio Grande do Norte, viveu, na transição dos séculos XIX e XX, intensas transformações culturais, sociais e urbanísticas. Com os governos ligados ao grupo político dos Albuquerque Maranhão, chefiados pelo líder Pedro Velho, a capital potiguar vivenciou não só uma série de transformações na feição da cidade (criação de parques e praças, instalação de luz elétrica, bondes e telégrafos, inauguração de teatros, cinemas e cafés etc.) como passou por um processo civilizador (ELIAS, 1992) orquestrado pela elite letrada sobretudo por meio da imprensa, à maneira de outros centros urbanos do país. Inclusive por meio da imprensa tida como humorística. O propósito deste artigo – recorte de uma pesquisa de pós-doutorado – é ilustrar como jornais e colunas de humor da imprensa natalense daquele período (de 1880 a 1930, período que se convenciona designar Belle Époque) constituíram um campo discursivo (MAINGUENEAU, 2006; 2010; 2015) cujos posicionamentos revelam uma figuração estabelecidos X outsiders (ELIAS, 2000) que se manifestava não necessariamente por filiações político-partidárias (situação versus oposição), mas pelo caráter das fofocas (elogiosas ou depreciativas) que fomentavam tal imprensa humorística.
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