Visibilidade é tudo? estudo crítico de LGBT na Folha de S. Paulo
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2017v19n0ID12120Palavras-chave:
LGBT, Folha de S. Paulo, representação dos atores sociais, transitividadeResumo
Este texto relata parte da produção intelectual e metodológica de uma pesquisa vinculada ao subprojeto de pesquisa Gêneros jornalísticos impressos: historicidade, constituição e mudança em uma perspectiva crítico-discursiva que integra o projeto maior chamado História do Português Paulista da Universidade de São Paulo. Tal estudo consiste na análise de como homossexuais – lésbicas e gays –, bissexuais e pessoas transgêneras – travestis, transexuais e intersexuais – (LGBT), indivíduos historicamente excluídos de seus direitos sociais, são representados/as no jornal impresso de maior circulação do Brasil, a Folha de S. Paulo. O material que serviu de corpus ao trabalho foi composto por notícias sobre a realização do evento denominado Parada do Orgulho LGBT, ação coletiva organizada na cidade de São Paulo por pessoas que defendem a garantia da igualdade de direitos a LGBT. Trata-se de textos sobre todas as edições desse evento (1997-2012), publicados no dia e na data posterior em que ocorre. A partir da análise desses dados, a pesquisa propôs investigar o discurso produzido por meio das notícias. Concluímos que esse discurso revela um importante papel da Folha na produção de significados que afetam o modo como, em geral, a sociedade compreende o movimento.
Downloads
Referências
AGUIAR, Tarcísia Travassos. Títulos, para que os quero? 2002. Dissertação (Mestrado em Letras) Departamento de Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 2002
BAZERMAN, Charles. Gêneros textuais, tipificação e interação. Tradução Judith Chambliss Hoffnagel São Paulo: Cortez, 2002
CHOULIARAKI, Lilie; FAIRCLOUGH, Norman. Discourse in late modernity. Rethinking critical discourse analysis. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1999.
ERBOLATO, Mário. Técnicas de codificação em jornalismo: redação, captação e edição no jornal diário. 5 ed. São Paulo: Ática, 1991.
FALCONE, Karina. O acesso dos excluídos no espaço discursivo do jornal. Recife: UFPE, 2005.
FOLHA DE S. PAULO. Manual da redação da folha de S. Paulo. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2007.
GREEN, James; POLITO, Roger. Frescos Trópicos. Fontes sobre a homossexualidade masculina no Brasil (1870-1980). Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. (Baú de Histórias).
LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2001.
MARCUSCHI, Luiz. Antônio. Linguística de Texto: o que é e como se faz? Recife: UFPE, 2009.
PEDROSA, Cleide. Gênero textual “Frase”: marcas do editor nos processos de retextualização e (re)contextualização. Tese (Doutorado em Letras) – Departamento de Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 2004
SILVEIRA, Ricardo; PAULA, Diogo. A sedução na construção das manchetes em jornais paulistanos. In: ______.; LEAL, Maria do Carmo; PACHECO, Mário. Discurso em questão. Representação, gênero, identidade, discriminação. Goiânia: Cânone Editorial, 2009. p. 39-48.
SIMÕES, Julio; FACCHINI, Regina. Na trilha do arco-íris. Do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2008.
VAN DIJK, Teun. La noticia como discurso: comprensión, estructura y producción de la información. Barcelona: Ediciones Paidós, 1996.
______. Cognição, dicurso e interação. São Paulo: Contexto, 2004.
VAN LEEUWEN, Theo. Representing social action. In: ______. Discourse and practice. New tools for Critical Discourse Analysis. Nova Iorque: Oxford University Press, 2008. p. 55-7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.