Dialética da ordem e da desordem: uma leitura de “Malagueta, perus e bacanaço”
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2018v20n1ID15453Resumo
Na ficção de João Antônio, o submundo dos marginalizados é a matéria privilegiada pelo contista na composição das narrativas, cujos personagens representam indivíduos que vivem à margem do processo econômico, excluídos do mercado de consumo e privados de direitos e garantias inerentes ao cidadão comum, relegados, portanto, a uma condição marginal. Sem os meios adequados para suprir as necessidades básicas e garantir uma existência digna, esses personagens sobrevivem por meio de expedientes como jogo, furto, prostituição e outros artifícios ilegais inerentes ao universo da malandragem e que caracterizam a vida marginal. Com base nas formulações de Antonio Candido sobre a malandragem e a “dialética da ordem e da desordem”, este ensaio analisa alguns aspectos do conto “Malagueta, Perus e Bacanaço”, de João Antônio.
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