Variações semânticas no (des)uso do clítico se no português falado em vitória da conquista
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2019v21n1ID16125Resumo
Neste artigo, objetivamos descrever as variações semânticas no (des)uso do clítico SE, em estruturas tradicionalmente classificadas como reflexivas, na fala vernácula de Vitória da Conquista-BA. Tais variações atuam como indícios de trajetória de mudança, que fazem com que o SE caminhe da função original de clítico reflexivo para a categoria de afixo verbal, via gramaticalização. Para testar essa hipótese, analisamos dados extraídos dos corpora orais PPVC (Corpus do Português Popular de Vitória da Conquista) e PCVC (Corpus do Português Culto de Vitória da Conquista), baseados nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista e do Sociofuncionalismo. Os nossos resultados evidenciaram a preferência dos conquistenses pelo emprego do clítico. Quanto ao condicionamento linguístico, a presença do SE revelou-se sensível ao tipo de clítico e à classe semântica do verbo. Relativamente ao condicionamento social, verificamos que o uso do SE é mais favorecido entre os informantes mais escolarizados e da faixa intermediária.
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