Variações semânticas no (des)uso do clítico se no português falado em vitória da conquista

Autores

  • Jodalmara Oliveira Rocha Teixeira UESB
  • Jorge Augusto Alves da Silva UESB

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2019v21n1ID16125

Resumo

Neste artigo, objetivamos descrever as variações semânticas no (des)uso do clítico SE, em estruturas tradicionalmente classificadas como reflexivas, na fala vernácula de Vitória da Conquista-BA. Tais variações atuam como indícios de trajetória de mudança, que fazem com que o SE caminhe da função original de clítico reflexivo para a categoria de afixo verbal, via gramaticalização. Para testar essa hipótese, analisamos dados extraídos dos corpora orais PPVC (Corpus do Português Popular de Vitória da Conquista) e PCVC (Corpus do Português Culto de Vitória da Conquista), baseados nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista e do Sociofuncionalismo. Os nossos resultados evidenciaram a preferência dos conquistenses pelo emprego do clítico.  Quanto ao condicionamento linguístico, a presença do SE revelou-se sensível ao tipo de clítico e à classe semântica do verbo. Relativamente ao condicionamento social, verificamos que o uso do SE é mais favorecido entre os informantes mais escolarizados e da faixa intermediária.

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Biografia do Autor

Jorge Augusto Alves da Silva, UESB

Professor Titular de Língua e Literatura Latinas. Mestre e Doutor em Letras (Lingüística Histórica) pela Universidade Federal da Bahia (2005). Atualmente é professor titular (nível A) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Português Afro-brasileiro e Português Popular do Brasil. Desenvolve, ainda, pesquisa em documentos dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, elaborando descrições com base na Teoria Estruturalista.

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Publicado

28-05-2019

Como Citar

TEIXEIRA, J. O. R.; SILVA, J. A. A. da. Variações semânticas no (des)uso do clítico se no português falado em vitória da conquista. Revista do GELNE, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 119–136, 2019. DOI: 10.21680/1517-7874.2019v21n1ID16125. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/16125. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos