Reflexões sobre letramento crítico nas aulas de língua estrangeira a partir de perspectiva trazida pela base nacional comum curricular
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2020v22n1ID19292Resumo
No atual contexto social, permeado por todos os tipos de veículos comunicativos, por vezes texto e imagem não são correlacionados para a construção do sentido. Nessa perspectiva, não se percebe a experiência de leitura como prática social e, consequentemente, o leitor não adota uma postura crítica frente ao texto. Neste artigo, destaca-se o papel da escola para o desenvolvimento dessas competências. Em vista disso, propõe-se uma reflexão acerca da relevância de atividades de letramento crítico na sala de aula. Busca-se discutir sobre como o letramento crítico e o ensino de língua estrangeira estão imbricados e como são tratados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017). Valemo-nos dos estudos de Mello e Teixeira (2012), quando se referem aos múltiplos formatos de texto no âmbito tecnológico. Consideramos ainda Pinheiro (2016a; 2016b; 2019), Filho (2003) e Abrahão (2012) para discutir o letramento crítico na sala de aula de língua estrangeira, os estilos e formas de aprendizagem, respectivamente. Coadunamos com a perspectiva sociocultural de Vygotsky, focalizando a relevância da interação para a aprendizagem. Nesta ótica, aspira-se a discutir sobre como a prática pedagógica da cultura digital contribui para a participação mais efetiva e crítica nas atividades contemporâneas de linguagem, em situação escolar. Para as reflexões pretendidas, são considerados dados de conversas e entrevistas realizadas com professoras de escola de surdos da região metropolitana de Porto Alegre e a prática pedagógica de Pinheiro (2016a) com alunos do Ensino Médio. A partir desses dados, faz-se uma reflexão acerca de como impulsionar o desenvolvimento de práticas que promovem o agenciamento crítico dos estudantes para exercício da cidadania ativa. Esta análise reflete que a aprendizagem significativa emerge de atividades conectadas com o contexto dos alunos. Entendemos, assim, que práticas de letramento devem permear a aprendizagem em todas as áreas de conhecimento, não se restringindo ao ensino de línguas.
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