Leitura: um lugar atravessado pela historicidade da linguagem

Autores

  • Laécio Oliveira Universidade Estadual da Paraíba
  • Linduarte Rodrigues Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2020v22n2ID19725

Resumo

O estudo considera a revolução política e sociocultural iniciada na modernidade, fomentadora de novas formas de atuação linguística e (res)significação de outras pelos sujeitos. Termos como diversidade, hibridismo cultural, heterogeneidade linguística e mundo híper-semiotizado atravessam o cotidiano do homem contemporâneo exigindo-lhe novos conhecimentos, novos letramento, visão mais crítica sobre as realidades sociais materializadas em linguagens. Campo fértil para os estudos linguísticos do século XIX e, posteriores, com destaque a partir do estruturalismo saussuriano, buscando estabelecer limites para construção do sentido e significação. O surgimento de diferentes correntes teóricas, instigado pelas várias formas e práticas sociolinguísticas, tem possibilitado múltiplos olhares sobre este objeto, evidenciando-o heterogêneo porque assim o é o sujeito, que se apossa da língua pondo-a em funcionamento ocasionando efeitos de sentido(s). Este artigo, ancorado nos estudos semânticos de Guimarães (2002), propõe uma prática de leitura que inclua o exterior à língua(gem) - a história -  precisamente, a historicidade como elemento constituidor do(s) sentido(s), e a enunciação como um acontecimento. Evidencia-se o diálogo com as correntes teóricas: pragmática e a análise do discurso; além de considerar uma visão de produção e leitura de texto multimodal/semiótica em voga no mundo contemporâneo, na perspectiva de linguagem, lugar propício ao ensino de língua materna. Busca-se uma visão semelhante, quanto às orientações para o eixo leitura na Base Comum Curricular (BRASIL, 2018). Realiza-se uma leitura de dois textos circulantes no cotidiano das cidades, expondo-os como fenômenos linguísticos que materializam as vozes dos sujeitos, atravessados pela historicidade como produtora de efeito(s) de sentido(s), frente à linguagem como sua materialidade mediante a prática social. O estudo expõe os textos como fenômenos linguísticos atravessados pelo caráter histórico e heterogêneo da linguagem, aspectos observados nos textos analisados, que mobilizam diversas habilidades de letramentos sociais e que impulsionam as práticas socioculturais do homem híper-semiotizado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Laécio Oliveira, Universidade Estadual da Paraíba

Graduado em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade Estadual da Paraíba (2016); Especialização em Educação para as Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal de Campina Grande - PB (2018); Mestrando do Programa Profissional em formação de professores da Universidade Estadual da Paraíba; Professor titular do Sistema Estadual de Educação da Paraíba; é membro do grupo de pesquisa TEOSSEONO - Teorias do Sentido: discursos e significações liderado pelo Professor Dr. Linduarte Pereira Rodrigues (UEPB). 

Linduarte Rodrigues, Universidade Estadual da Paraíba

Dr. em Linguística pela Universidade Federal da Paraíba (2011). Professor e Membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Licenciatura em Letras (Língua Portuguesa) do Departamento de Letras e Artes (DLA), além do Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores (PPGFP) da Universidade Estadual da Paraíba. Participa dos grupos de pesquisa cadastrados no CNPq: MIVE (Memória e Imaginário das Vozes e Escrituras), liderado por Dra. Beliza Áurea de Arruda Mello (UFPB); LITERGE (Linguagem, interação e Gêneros Textuais/Discursivos), liderado por Dra. Simone Dália de Gusmão Aranha (UEPB) e Dra. Maria de Lourdes da Silva Leandro (UEPB); é Líder do grupo TEOSSENO (Teorias do sentido: discursos e significações), liderado pelo Dr. Linduarte Pereira Rodrigues (UEPB). 

Downloads

Publicado

24-10-2020

Como Citar

OLIVEIRA, L.; RODRIGUES, L. Leitura: um lugar atravessado pela historicidade da linguagem. Revista do GELNE, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 202–214, 2020. DOI: 10.21680/1517-7874.2020v22n2ID19725. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/19725. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos