Contextos referenciais em narrativas da amazônia: uma análise de anáforas indiretas

Autores

  • Heliud Luis Maia Moura Universidade Federal do Oeste do Pará

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2022v24n2ID29158

Resumo

Este artigo objetiva analisar anáforas indiretas presentes em narrativas amazônicas, considerando que essas anáforas constroem processos referenciais i­­mersos no contexto em que tais narrativas são produzidas. As teorias que embasam este trabalho ancoram-se em Koch (2004; 2006; 2008); Marcuschi (2005; 2006; 2007); Schwartz (2000); Tesnière (1977); Tomasello (2003) e Moura (2013; 2017). As anáforas indiretas constituem atividades sociocognitivas e culturais, mobilizando-se processos como: anáforas indiretas (doravante AI) baseadas em relações semânticas inscritas nos SNs definidos e indefinidos; AI baseadas em papeis temáticos dos verbos; AI baseadas em elementos textuais ativados por nominalizações; AI baseadas em esquemas cognitivos e modelos mentais; AI baseadas em inferências ancoradas no modelo do mundo textual; AI sem antecedente cotextual, estando em jogo não somente estruturas textuais, mas também elementos imersos em contextos de referência. O corpus, em análise, relativo ao fenômeno em estudo, constitui-se de 5 (cinco) narrativas, constantes em 13 (treze) números da Revista Visagens, Assombrações e Encantamentos da Amazônia, de autoria de Monteiro (2000; 2002). Vale esclarecer que os números totais da revista foram editados entre os anos de 1997 a 2004, versando sobre: Boto, Cobra, Matintaperera, Curupira, Lobisomem e Assombrações e Visagens. As análises levam-me a concluir que os processos estudados são constitutivos dessas narrativas, reafirmando-se a premissa de que reconstroem significados simbólicos e sociocognitivos específicos.

 

[1] AI - Anáfora Indireta.

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Publicado

25-11-2022

Como Citar

MOURA, H. L. M. Contextos referenciais em narrativas da amazônia: uma análise de anáforas indiretas. Revista do GELNE, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 19–37, 2022. DOI: 10.21680/1517-7874.2022v24n2ID29158. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/29158. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos