Habitar o poema: personagens e cenas de uma Espanha cabralina
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2022v24n2ID29849Resumo
Selecionado para ser parte da diplomacia brasileira, João Cabral de Melo Neto recebeu como primeiro posto de trabalho no exterior a cidade de Barcelona. Desde então, o vínculo entre o poeta e o espaço espanhol tornou-se cada vez mais intenso, seja na perspectiva biográfica, seja na refração dessa experiência na produção literária do autor. Dentro do país ibérico, entretanto, foi Sevilha que ganhou destaque nos versos do poeta. O encantamento provocado pela cidade andaluza chegou ao ápice nos últimos volumes de poesia publicados: Crime na Calle Relator e Andando Sevilha, sendo este segmentado em duas partes (“Andando Sevilha” e “Sevilha andando”). Tendo como recorte a ideia de habitar proposta por Juhani Pallasmaa, inicia-se esta análise com o estudo do par de poemas “Bifurcados de ‘Habitar o tempo’” e “Habitar o tempo”. Posteriormente, ao focalizar as representações da Espanha na obra cabralina, realiza-se a análise do poema “Corral de vecinos”, destacando o manejo das temporalidades e a figurativização de personagens típicas da cultura espanhola como componentes estruturantes do texto. Com esta leitura, foi possível compreender o poema sevilhano como a contraparte de uma encruzilhada entre Pernambuco e Espanha, constituindo a segunda bifurcação de “Habitar o tempo”, desta vez, do outro lado do Atlântico.
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