"País de maricas": negacionismo binário no discurso bolsonarista sobre a covid-19

Autores

  • Cíntia Ribeiro dos Santos Universidade Federal de Alagoas
  • Sóstenes Ericson Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2022v24n2ID29939

Resumo

Este artigo tem o objetivo de analisar a memória retomada na declaração do presidente Jair Messias Bolsonaro “Tem que deixar de ser um país de maricas”  (2020), referindo-se aos papéis de gênero e de sexualidade no enfrentamento à Covid-19 no Brasil.  A partir dos pressupostos teóricos inscritos na Análise do Discurso, inaugurada por Michel Pêcheux, tratamos dos efeitos de sentido produzidos a partir da afirmação da masculinidade normativa, como condição de superação da crise de saúde pública responsável pela morte de mais de 670 mil pessoas no Brasil. Interessa demonstrar de que maneira o dizer do presidente Bolsonaro  nega a ciência, ao tempo em que  precariza  e silencia gêneros dissidentes do padrão binário, num jogo de polarização  de sentidos autoritários.  

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Biografia do Autor

Sóstenes Ericson , Universidade Federal de Alagoas

Doutor em Linguística  (UFAL). Estágio pós-doutoral (UNICAMP). Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLL/UFAL)

 

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Publicado

29-12-2022

Como Citar

RIBEIRO DOS SANTOS, C.; ERICSON, S. . "País de maricas": negacionismo binário no discurso bolsonarista sobre a covid-19. Revista do GELNE, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 128–138, 2022. DOI: 10.21680/1517-7874.2022v24n2ID29939. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/29939. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos