As violências que atravessam o corpo negro feminino: uma análise da poesia de Lubi Prates
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n2ID32362Resumo
O presente artigo apresenta uma análise literária da obra poética de Lubi Prates, dando ênfase ao livro um corpo negro — grafado em minúsculo, como um posicionamento político em recusa a generalização feita sobre os corpos negros —, que discute as questões raciais na contemporaneidade, a partir do lugar histórico e social da mulher negra. Prates traz, por meio de sua voz poética, reivindicações sobre as violências físicas e simbólicas que permeiam a existência dos corpos negros no contexto brasileiro. A poeta também representa o ato de tornar-se sujeito, essencial para a desconstrução do cânone literário que ainda negligencia e exclui a pluralidade de vozes que existem. Nesse sentido, foram escolhidos poemas que debatem, de acordo com nossa interpretação, o genocídio negro: a política de extermínio que surge desde o tráfico negreiro e se faz presente até hoje. Como base teórica foram priorizados autoras negras e autores negros, alguns deles são Kilomba (2019), Gonzalez (2020) e Almeida (2021), a fim de ecoar livremente essa voz que emerge contra as tentativas de silenciamento.
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