O simbólico em "A botija" de Clotilde Tavares: do sonho ao (tes)ouro escondido

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n2ID32772

Resumo

O imaginário simbólico em torno das histórias sobre tesouros escondidos e dos sonhos, no âmbito da cultura popular, revela que o ganhador do tesouro deve seguir as pistas, conforme a revelação onírica, para encontrá-lo. A partir do século XX, com os estudos freudianos sobre sonhos, cresceu o interesse sobre o tema no meio acadêmico. A perspectiva junguiana defende que os sonhos trazem revelações para o sonhador sobre seu processo evolutivo de modo que o mundo onírico deve ser lido a partir do contexto de vida do sonhador. Nesse sentido, o artigo, a priori, reflete sobre o simbolismo em torno da botija e do sonho como elementos da cultura popular; e, a partir da obra A botija, de Clotilde Tavares, faz um recorte da narrativa da personagem Pedro Firmo e oferece uma hermenêutica do sonho desta personagem. A partir deste recorte, expõe-se a habilidade da escritora em tecer, em sua narrativa, as histórias de Eulália e seu pai feiticeiro, e O romance do pavão misterioso. O interesse pelo recorte realizado ocorre pelo simbolismo que envolve elementos fantásticos/mitológicos da cultura popular, como a botija e o sonho, além do mito de origem, símbolos e arquétipos, enquanto elementos sincrônicos que estruturam o sonho da personagem. No rol dos estudos semiótico-antropológicos, o artigo baseia-se na Psicologia Analítica para uma hermenêutica do texto de cultura popular e destaca um sistema simbólico que estrutura o sonho da referida personagem, evidenciando uma relação coerente entre o mundo fantástico/onírico e o mundo sensível, expondo o texto literário, de Clotilde Tavares, como campo ao experimento humano, cujo potencial possibilita ampliar a visão do leitor sobre os mundos sensível/inteligível e suas relações.

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Biografia do Autor

Laécio Fernandes Oliveira, Universidade Estadual da Paraíba

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI), Departamento de Letras e Artes (DLA); Mestre pelo Programa Profissional em Formação de Professores, ambos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado da Paraíba e membro do grupo de pesquisa TEOSSENO - Teorias do Sentido: discursos e significações. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.

Linduarte Pereira Rodrigues , Universidade Estadual da Paraíba

Doutorado em Linguística pela Universidade Federal da Paraíba - Campus I (2011); Professor e Membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Licenciatura em Letras (Língua Portuguesa) do Departamento de Letras e Artes (DLA), e do Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores (PPGFP); e do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI) da Universidade Estadual da Paraíba - Campus I, líder do grupo de pesquisas TEOSSENO - Teorias do Sentido: discursos e significações.

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Publicado

22-12-2023

Como Citar

FERNANDES OLIVEIRA, L.; PEREIRA RODRIGUES , L. O simbólico em "A botija" de Clotilde Tavares: do sonho ao (tes)ouro escondido. Revista do GELNE, [S. l.], v. 25, n. 2, p. e32772, 2023. DOI: 10.21680/1517-7874.2023v25n2ID32772. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/32772. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos