A centralidade da água em La Femme cent couleurs, de Lorrie Jean-Louis
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2024v26n2ID36396Resumo
Em La Femme cent couleurs (2020), sua primeira antologia de poemas, Lorrie Jean-Louis constrói versos que, ao mesmo tempo em que produzem imagens delicadas, expressam fraturas advindas da exploração colonial. Sua escrita acessa as dores causadas pela colonialidade em curso no mundo contemporâneo, cuja segregação racial transforma pessoas negras em sujeitos de identidades fragmentadas e em permanente sentimento de perda. Relacionada a essas questões, encontra-se uma voz poética marcada pelas instabilidades de ser mulher numa sociedade profundamente cindida pelas desigualdades e violências de gênero. Nesta análise, pretende-se expor como essas temáticas são construídas através das figurações da água, que se constituem um tropo poético central e reatualizado ao longo de todo o livro.
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