Reflexões decoloniais sobre o lugar da oralidade em publicações sobre #víciodelinguagem no Instagram

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2025v27n2ID40216

Resumo

Situamo-nos na área da Linguística Aplicada Indisciplinar (Moita Lopes, 2006), nas perspectivas da Desaprendizagem (Fabrício, 2006) e da Implicação (Souto Maior, 2022, 2023) e discorremos sobre a oralidade (Marcuschi, 1997, 2011a; 2011b; Gnerre, 1998, Crescitelli; Reis, 2011; Geraldi, 2000; Fávero; Andrade; Aquino, 2011; Silva Júnior, 2019; Silva Júnior; Zozzoli, 2021) e sobre o desejo de hegemonia linguística (Geraldi, 2009), problematizando esse desejo dentro da perspectiva dos estudos decoloniais (Quintero, Figueira; Elizalde, 2019; Quijano, 2005; Maldonado-Torres, 2018; Ortiz Ocaña et al., 2021; Nolascio; Rodrigues, 2021; Silva Jr.; Quaresma; Brasileiro, 2022; Castro-Gómez, 2005; Fabrício, 2017). A partir de uma metodologia de análise discursiva, e depois desse primeiro panorama teórico construído, objetivamos analisar a expressão de ideias nas redes digitais e destacar os Discursos Envolventes (Moreira Jr.; Souto Maior, 2020; Souto Maior, Souza; Lima, 2021) em posts do Instagram que tratem sobre a oralidade. A partir disso, problematizamos o lugar que a oralidade ocupou e ocupa com esses discursos. Trabalhamos a construção de dados através do mecanismo de busca do Instagram, com a hashtag vício de linguagem (#viciodelinguagem). Após a análise dos discursos selecionados, observamos a construção de dicotomias, como a de “bem escrever vs o vício de linguagem”, que posicionam traços da oralidade, “gíria”, marcas de informalidade e indícios de linguagem fática com valor social sempre negativo, independentes de sua contextualização, função de linguagem e intencionalidade discursiva. Esses discursos envolventes ressoam e mobilizam discursos colonialistas através de pares de significados, como escrita/oralidade, civilizado/primitivo, certo/errado.

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Biografia do Autor

Lucas Henrique de Omena, Universidade Federal de Alagoas

Graduando em Letras - Português pela Faculdade de Letras (FALE) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e membro do Grupo de Estudos Discurso, Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literatura (Gedeall/UFAL).

Rita de Cássia Souto Maior, Universidade Federal de Alagoas

Professora Associada da graduação e da pós-graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas (FALE/UFAL). Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Líder do Grupo de Estudos Discurso, Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literaturas (Gedeall/UFAL). E-mail: ritasoutomaior@gmail.com

Silvio Nunes da Silva Júnior, Universidade de Pernambuco (UPE)

Professor Adjunto da graduação e da pós-graduação da Universidade de Pernambuco (UPE/campus Garanhuns). Doutor em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Pesquisador do Grupo de Estudos Discurso, Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literaturas (Gedeall/UFAL).

Dafhine Alves Silva Santos, Universidade Federal de Alagoas

Graduanda em Licenciatura em Letras (Português), na Faculdade de Letras (FALE) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e membra do Grupo de Estudos Discurso, Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literatura (Gedeall/UFAL). E-mail: dafhine.santos@fale.ufal.br   

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Publicado

27-11-2025

Como Citar

OMENA, Lucas Henrique de; SOUTO MAIOR, Rita de Cássia; SILVA JÚNIOR, Silvio Nunes da; SANTOS, Dafhine Alves Silva. Reflexões decoloniais sobre o lugar da oralidade em publicações sobre #víciodelinguagem no Instagram. Revista do GELNE, [S. l.], v. 27, n. 2, p. e40216 , 2025. DOI: 10.21680/1517-7874.2025v27n2ID40216. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/40216. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos