O papel do gênero textual na variação estilística: em busca de padrões comunitários

Autores

  • Maria Alice Tavares

Palavras-chave:

conectores sequenciadores, gênero textual, variação estilística

Resumo

Com base no suporte teórico fornecido pela sociolinguística variacionista, analiso os conectores sequenciadores E, AÍ e ENTÃO como variantes da “sequenciação retroativo-propulsora”, uma função gramatical que é responsável pela conexão de um enunciado precedente a um posterior, gerando a expectativa de que algo novo será introduzido no discurso, em continuidade e consonância com o que já foi dito. Os dados são provenientes
de 24 entrevistas sociolinguísticas do Banco de Dados VARSUL de Florianópolis (SC) e foram submetidos ao GOLDVARB 2001. Tenho por objetivos: (i) controlar o gênero textual como índice de variação estilística entre os conectores E, AÍ e ENTÃO na comunidade de fala de Florianópolis (SC); e (ii) averiguar se há padrões comunitários de variação estilística que se mantenham constantes, independentemente do sexo e da idade dos  falantes. Como principais resultados, aponto que: (i) o conector AÍ, uma variante vernacular, é favorecido na narrativa de experiência pessoal, gênero textual marcado pela informalidade; e (ii) os conectores E e ENTÃO, variantes de
prestígio, são favorecidos no relato de opinião, gênero textual marcado pela formalidade. Esses padrões permanecem constantes na comunidade de fala, mesmo quando são consideradas as distribuições relativas ao sexo e à idade.

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Publicado

15-03-2016

Como Citar

TAVARES, M. A. O papel do gênero textual na variação estilística: em busca de padrões comunitários. Revista do GELNE, [S. l.], v. 14, n. 1/2, p. 239–257, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9372. Acesso em: 9 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos