Política linguística nacional na escola Yanomami
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2016v18n1ID11065Palabras clave:
Política Linguística, Língua Yanomami, Maturacá-AM.Resumen
Neste artigo discutimos sobre os principais fatores que caracterizam a implementação da Política Linguística Nacional relacionada ao desenvolvimento do ensino de línguas nas escolas indígenas. Para tanto, utilizamos dados advindos de observações realizadas na Escola Estadual Indígena Imaculada Conceição, localizada na comunidade yanomami da região de Maturacá, no município de são Gabriel da Cachoeira, estado do Amazonas. O marco teórico que guiou a investigação e análise dos dados pautou-se em discussões sobre as políticas linguísticas nacionais para o ensino de línguas indígenas e as reflexões que as problematizam e analisam, evidenciadas no Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (1998) e nos trabalhos de Cavalcante & Maher (2005); D’Angelis (2005), Monte (1994) e também nas contribuições sobre política linguística de Calvet (2007), Haugen (1966) e Heinz Kloss (1967). Os resultados apontam que são cinco os fatores que dificultam a implantação da Política Linguística Nacional: o desconhecimento da realidade sociolinguística da comunidade ou, ou, ainda que esta seja reconhecida, não é levada em consideração durante a elaboração de projetos voltados para o ensino de línguas; letramento em comunidade ágrafa; supervalorização do ensinoaprendizagem da escrita em língua portuguesa e em língua yanomami; alfabetização sendo feita primeiramente em língua portuguesa e falta de material escrito em língua yanomami.
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