A difícil arte de ensinar o aluno de graduação apor assinatura nas suas produções
Palavras-chave:
Linguagem, Escrita, Autoria1.Resumo
Na universidade, mediante a dificuldade que o aluno apresenta para produzir
um texto a partir das leituras que faz, é comum o professor, como incentivo,
dizer que é preciso escrever com as próprias palavras. Entretanto, segundo
Maia (2004), nas produções acadêmicas contemporâneas: a) persiste a presença
de um sujeito individualista, que se coloca como centro das produções
e, consequentemente, acredita que suas ideias são as que devem valer; b) a
linguagem científico-acadêmica, ao por como exigência a impessoalidade
sem possibilitar que o aluno compreenda as bases de sustentação dessa
concepção, colabora para a construção de um texto genérico e sem marcas de
singularidade; c) a escrita na contemporaneidade é vista como mais um meio
de comunicação/consumo. Diante disso, com base em análises de produções
acadêmicas, neste artigo será discutida as práticas de escrita na universidade
com o intuito construir compreensões acerca dos principais dificuldades que o
aluno de graduação apresenta para produzir um texto com marcas de autoria.
A defesa será a de que a escrita acadêmica, para conter traços mínimos de
singularidade ou indícios de autoria, necessita de um gesto de recriação por
parte daquele que lê, indo além do mero ato de papagaiar o lido.
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