Santos Dumont: um poeta a voejar
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2021v23n2ID21811Resumo
Filiados à análise do discurso, conforme proposto por Michel Pêcheux, pretendemos verificar as discursividades que se encontram e confrontam na exposição “Poeta dos ares, Santos Dumont”, realizada pelo Museu do Amanhã na cidade do Rio de Janeiro. Tal evento foi mobilizador de sentidos que historicamente já foram inscritos e falados em outro lugar antes e que materializaram efeitos poéticos da obra e vida do célebre inventor brasileiro, Santos Dumont. Pretendemos identificar os efeitos discursivos colocados em circulação por suas invenções – poesia, que se fez (com) corpo – e entender quais deslocamentos e desarranjos a exposição promoveu ao empreender voos até então inimagináveis para a humanidade; e, precisamente no inimaginável que nos concentramos para tratar da figura excêntrica, persistente e idealista de nosso inventor. Quais os efeitos discursivos de suas decolagens? De que maneira sua trajetória transgrediu o comum e inscreveu, com insígnia de poeta, seu nome pelos ares?
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