“É como perder uma biblioteca que ensinava a todos”: biopoder, bio(necro)política e população indígena na Amazônia brasileira em discursos sobre a pandemia da covid-19

Autores

  • Israel Fonseca Araújo Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Francisco Vieira da Silva UFERSA

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2021v23n2ID24655

Resumo

Este trabalho focaliza a pandemia de Covid-19, quando discursivizada pela mídia virtual, no que concerne às estratégias (bio)políticas e/ou necropolíticas emanadas da governança nacional em relação aos povos originários (indígenas) amazônicos, assim como a ribeirinhos e demais populações inseridas nesses territórios. A partir do esforço em articular as perspectivas teóricas de Michel Foucault (2005; 2009; 2012) acerca do biopoder, da biopolítica e da governamentalidade, e a necropolítica com as teorizações de Achille Mbembe (2016), analisamos um conjunto de seis publicações da mídia virtual, com vistas a perscrutar o modo de funcionamento de estratégias políticas de governamento da população que dão a conhecer as relações de poder-saber direcionadas a esses sujeitos da Amazônia brasileira. Sobre a metodologia, convém frisar que se trata de um estudo descritivo-interpretativo, de abordagem qualitativa. Pontuam-se que as táticas biopolíticas empreendidas em mira dos povos indígenas se efetivam enquanto uma questão de “racismo de Estado”, de assunção da vida pelo poder estatal, dispositivo que se assemelha a uma tática de guerra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Israel Fonseca Araújo , Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte . 

Francisco Vieira da Silva, UFERSA

Doutor em Linguística pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Docente da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). 

Downloads

Publicado

25-06-2021

Como Citar

FONSECA ARAÚJO , I. .; VIEIRA DA SILVA, F. “É como perder uma biblioteca que ensinava a todos”: biopoder, bio(necro)política e população indígena na Amazônia brasileira em discursos sobre a pandemia da covid-19. Revista do GELNE, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 86–101, 2021. DOI: 10.21680/1517-7874.2021v23n2ID24655. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/24655. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos