RACISME RELIGIEUX, BLANCHIMENT ET LÉGITIMITÉ:
LE CAS DE LA PREMIÈRE VAGUE D'UMBANDA À RIO DE JANEIRO AU DÉBUT DU XXE SIÈCLE
DOI :
https://doi.org/10.21680/1982-1662.2022v5n35ID29459Mots-clés :
Racismo religioso, Branqueamento, Legitimidade, UmbandaRésumé
RÉSUMÉ: Dans cet article, nous cherchons à comprendre comment le racisme religieux a corroboré la construction du processus de légitimation de la religion Umbanda au début du XXe siècle dans l'État de Rio de Janeiro. Nous partons du postulat que le blanchiment des manifestations ethnico-religieuses d'origine africaine dans le pays a été le principal instrument qui a permis le passage des macumbas populaires à l'Umbanda, témoignant d'une connotation raciste flagrante. Nous considérons que l'annonce de l'Umbanda par Caboclo das Sete Encruzilhadas, le 15 novembre 1908, a été considérée comme un repère fondateur qui a historicisé la religion, fondant la différenciation entre l'Umbanda et les macumbas populaires.
Mots clés: Racisme religieux. Blanchiment. Légitimité. Umbanda
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