USO DA POLÊMICA POR “SUJEITOS DA RELIGIÃO” PARA “QUEBRAR” HEGEMONIAS DA FÉ
DOI:
https://doi.org/10.21680/2674-6131.2020v2n1ID21773Palavras-chave:
Discurso. Polêmica. Sujeito. Religião.Resumo
Partimos da hipótese, neste artigo, de que a polêmica, como recurso argumentativo/retórico definido por Amossy (2017), pode ser utilizada por “sujeitos da religião” para estruturar novas confissões religiosas ou criar dissidências dentro da Igreja à qual pertencem. Mesmo se valendo das “verdades de fé” para se estabelecerem e captarem fiéis, algumas Igrejas monoteístas utilizam recursos retóricos e ensinamentos filosóficos de Platão e Aristóteles. Nosso corpus é composto por alguns excertos do Alcorão, livro sagrado dessa mesma confissão religiosa; e de duas teses de Lutero, que deflagrou a Reforma Protestante. A metodologia utilizada consistiu em analisar esses fragmentos, considerando componentes da polêmica, como o dissenso e a erística. O referencial teórico que utilizamos é composto por estudos sobre polêmica realizados por Amossy (2017), Dascal (1988) e Kerbrat-Orecchioni (1980); além de pesquisas sobre retórica feitas por Reboul (2004), Meyer (2000), Perelman & Olbrechts-Tyteca (1996) e Aristóteles ([1377-1403 a.C.], 2000); assim como publicações sobre religião de Costa (1993), Abdalla (1996) e Chaunu (2002). Os resultados que obtivemos confirmam nossa hipótese de que a polêmica cumpre um importante papel na religião, no sentido de gerar discussões necessárias, combater a opressão e “quebrar” hegemonias de ideias e grupos religiosos.
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