O pessoal é político: uma análise da produção jornalística sobre o trabalho da mulher no contexto da pandemia sob a ótica da argumentação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2674-6131.2022v4n2ID29445

Palavras-chave:

Pandemia, Violência contra a mulher, Jornalismo, Argumentação

Resumo

Observa-se a persistente atribuição dos problemas de violência doméstica à esfera privada, como um problema familiar e particular, e não como uma consequência da estruturação patriarcal, pertencente à esfera pública. Diante dessa realidade, o presente artigo analisa a abordagem jornalística acerca do impacto da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) na rotina de mulheres brasileiras, a partir da necessidade de isolamento social/distanciamento social. Metodologicamente, foram coletadas 4 matérias publicadas em sites jornalísticos entre os dias 15 de abril e 15 de maio de 2020 e que abordam o tripé “mulheres, trabalho e pandemia”, buscando elementos que dão subsídios ao público para compreender a estruturação social de violência contra a mulher que se acentuou na pandemia, enfocando nas táticas de argumentação empregadas. Recorre-se sobretudo ao trabalho de Carol Hanisch, História para fazer história (1996) e às categorias de argumentação postuladas por Fiorin (2016). Conclui-se que diferentes táticas argumentativas são usadas para produzir sentido, manifestando uma mesma realidade de opressão.

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Biografia do Autor

Nanci Stancki da Luz, UTFPR

Doutora e pós-doutora em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (2005/2011); mestra em Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2000); graduada em Matemática pela Universidade Federal do Paraná (1987) e graduação em Direito pelo Centro Universitário Curitiba (2009).

Publicado

26-12-2022

Como Citar

CORDEIRO, A. L.; STANCKI DA LUZ, N. . O pessoal é político: uma análise da produção jornalística sobre o trabalho da mulher no contexto da pandemia sob a ótica da argumentação. Revista Saridh – Linguagem e Discurso, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 71–90, 2022. DOI: 10.21680/2674-6131.2022v4n2ID29445. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/RevSaridh/article/view/29445. Acesso em: 26 abr. 2024.