CORPOS QUE COMUNICAM
O DISCURSO DA PERMISSIVIDADE DO CORPO MASCULINO EM REDE
DOI:
https://doi.org/10.21680/2674-6131.2023v5n1ID32425Palavras-chave:
Arqueogenealogia foucaultiana., Instagram., Corpo., Relações de gênero., Visibilidade midiática.Resumo
Valendo-se da arqueogenealogia foucaultiana, objetivamos com o presente trabalho realizar uma análise discursiva das publicações da conta Quebrando o Tabu (QoT), discutindo a construção do discurso de permissividade calcado na herança de supremacia do olhar masculino sobre o corpo. Com isso, buscamos dizer da evidência do masculino como signo de uma régua social que condiciona o corpo feminino à imoralidade. Para tanto, nos ancoramos à Análise do Discurso na esteira dos pressupostos teóricos e metodológicos de Michel Foucault (2004, 2005, 2007, 2014). Como direção de leitura, notamos que o corpo, na sua condição de produção histórico-discursiva, está alinhado a uma práxis do dizer, instigando os sujeitos a ocupar posições e oportunizando a materialidade de efeitos de sentido de permissividade, naturalização e operações, concomitantemente, de evidência e silenciamento. No escopo de uma crítica às ferramentas e às formas de dizer o corpo em tela, entendemos que é preciso pôr em suspenso os agrupamentos de saber e as sínteses históricas que discursivizam e apresentam o sujeito, e o seu corpo, segundo efeitos de uma continuidade natural. Refletimos que é a partir desses trajetos de continuidade e visibilidade estratégica que é fossilizada a disparidade de lugares sociais entre o masculino e o feminino.
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