Para uma cartografia de infâncias queer no currículo escolar
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n54ID18585Palavras-chave:
Currículo. Infâncias queer. Cartografia. Percursos metodológicos.Resumo
Infâncias queer, desidentificadas dos padrões de gênero e sexualidade instituídos, estão presentes no currículo escolar, aquecem nossas pesquisas e docências, incendeiam nossas certezas e enchem o território curricular de chispas incandescentes e incontroláveis. Este artigo, instalando-se nos estudos do campo curricular de perspectiva pós-crítica, tem como objetivo mostrar o mapa do fazer cartográfico desenhado para a realização de uma pesquisa de mestrado que investigou as resistências e os modos de vida forjados pelas crianças queer e suas infâncias, que chamamos de “fogueirinhas”, no currículo dos anos iniciais do ensino fundamental, de uma escola pública de Belo Horizonte. O argumento desenvolvido neste artigo é o de que para cartografar infâncias queer faz-se necessário entrar em um jogo de experimentação de posturas brincantes e inventivas, em um devir-criança que nos possibilite desmantelar a lógica adulto-centrada e criar procedimentos de pesquisa mais sensíveis aos movimentos minoritários dessas infâncias.
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