“As brincadeiras denunciavam que eu era uma criança viada”:
O gênero "fabricado" na infância
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n54ID18651Palavras-chave:
Narrativas (Auto)biografias. Gênero. Homossexualidades. Performatividade.Resumo
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre as brincadeiras de infância de seis professores gays egressos dos cursos de licenciatura em Pedagogia, Matemática e Biologia do Campus VII, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Teoricamente esta pesquisa baseia-se nos estudos de gênero, na sexualidade, na ludicidade e nos estudos queer. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa com uma abordagem (auto)biográfica sobre as experiências de vida e as trajetórias formativas dos professores. Verificamos que a criança viada se revela na transgressão das brincadeiras autorizadas. Em consequência, meninas e gays são vítimas de insultos, vigilância, segregação, silenciamento e repressão social. Para se prevenirem das possíveis agressões muitas crianças adotam a duplicidade e o jogo dissimulado. São necessárias mais reflexões sobre as sexualidades não normativas no ambiente escolar como instrumento potencial da educação para a produção da diferença, e não como sinônimo de diversidade, comumente apresentado nos currículos escolares.
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