Engajamento coletivo na primavera secundarista
a ocupação da escola estadual José Lins do Rego
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2020v58n58ID21354Palavras-chave:
Ocupação de escolas. Engajamento coletivo. Práxis educativa. Ensino médio público.Resumo
Este artigo analisa uma práxis educativa vivenciada na ocupação da escola José Lins do Rego por estudantes, professores e movimentos sociais contrários à Medida de Reorganização da rede de ensino de São Paulo em 2015. Analisa a literatura, documentos oficiais e fotografias, por meio do método documentário, voltados para a problemática no ensino médio em face de uma gestão de educação autoritária. As análises sugerem uma concepção de escola como espaço educativo, no qual os sujeitos coletivos engajados no movimento de ocupação, horizontalmente, consubstanciam a práxis educativa como estratégia favorável à consciência para além do institucional. Ou seja, a identificação entre quem ocupava as escolas e se apropriava do espaço educativo suscitava novos significados ao ensino médio público em um importante momento histórico de formação da consciência de classe entre esses sujeitos que vislumbraram a transformação da realidade por meio de um agir coletivo.
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