Linguagem, ambiente e cognição: a caminho de uma perspectiva ecológica de categorização

Autores

  • Ilana Souto Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Ricardo Yamashita Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2017v19n2ID11274

Palavras-chave:

Linguagem, cognição, categorização, ambiente.

Resumo

Este artigo se propõe a apresentar, de modo breve, as características epistemológicas de dois conceitos fundamentais que constituem o arcabouço teórico da Linguística Cognitiva, a saber: cognição, situando-o desde a perspectiva clássica, especificamente no paradigma gerativista de Chomsky, até o modelo ecológico, considerado extensão da perspectiva corporificada, fundamentada por Lakoff e Johnson (1980); e categorização, abordando-o desde as discussões incitadas por Aristóteles, perpassando pelas propostas de Wittgenstein (1953), Eleanor Rosch (1975) e Lakoff (1987) para, então, sugerir, a partir de uma visão geral da noção de frames trazida por Lakoff (2004) e Duque (2015), ideias que possam nos levar a pensar em um paradigma ecológico de categorização. Espera-se, ao final, incitar discussões teóricas acerca dessa possível proposta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ilana Souto Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestranda em Linguística Teórica e Descritiva pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Ricardo Yamashita Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutor em Linguística Teórica e Descritiva pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Referências

AUROUX, S. Filosofia da linguagem. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2009.

CHOMSKY, N. Syntactic structures. The Hague: Mouton, 1957.

DUQUE, P. H. Por uma abordagem ecológica da linguagem. Pontos de Interrogação, v. 5, n. 1, jan./jul. 2015.

______. Discurso e cognição: uma abordagem baseada em frames. Anpoll. v. 1, n. 39, 2015.

EVANS, V.; GREEN, M. What does it mean to know a language? In:_____. Cognitive Linguistics: an introduction. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2006. p. 5-26.

KOCH, I. V.; CUNHA-LIMA, M. L. Do cognitivismo ao sociocognitivismo. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Orgs.). Introdução à linguística: fundamentos epistemológicos. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2011. p. 251-300.

LAKOFF, G. Women, Fire and Dangerous Things: what categories reveal about the mind. University of Chicago Press, 1987.

_____. Don’t think of an elephant!: know your values and frame the debate : the essential guide for progressives. Berkeley, Chelsea Green: 2004.

LAKOFF, G.; JOHNSON, M. L. Metáforas da vida cotidiana. Tradução de Mara Zanotto. Campinas: Mercado das Letras, 1980 [2002].

______. Philosophy in the flesh: the embodied mind and its challenge to Western thought. New York: Basic Books, 1999.

ROSCH, E.; MERVIS, C. B. Family resemblances: studies in the internal structure of categories. Cognitive Psychology, 7, 573-605, 1975.

SANTOS, R. Y.; MEDEIROS, I. S. de. A categorização como processo de construção do mundo: O que a teoria neural tem a contribuir para os estudos da cognição e da linguagem. No prelo.

WILSON, M. Six views of embodied cognition. Psychonomic Bulletin & Review, 2002, 9 (4), 625-636.

WITTGENSTEIN, L. J. J. Investigações Filosóficas. Tradução de José Carlos Bruni. São Paulo: Nova Cultural, 1953 [1991].

Downloads

Publicado

14-08-2017

Como Citar

MEDEIROS, I. S.; SANTOS, R. Y. Linguagem, ambiente e cognição: a caminho de uma perspectiva ecológica de categorização. Revista do GELNE, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 183–192, 2017. DOI: 10.21680/1517-7874.2017v19n2ID11274. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/11274. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos