Variacão entre as formas dos paradigmas tu-você em cartas pernambucanas dos séculos XIX e XX

Autores

  • Vale?ria Severina Gomes Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Ce?lia Regina dos Santos Lopes Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

segunda pessoa, acusativo, dativo, oblíquo.

Resumo

este artigo objetiva apresentar resultados quantitativos sobre o comportamento dos pronomes de 2a pessoa na posic?a?o de sujeito e na de complemento verbal. A ana?lise baseia-se numa amostra constitui?da por cartas escritas em Pernambuco em fins do se?culo XIX e ini?cio do se?culo XX (1869-1969). Considerando o tratamento predominante na posic?a?o de sujeito: (i) tu-exclusivo; (ii) voce?-exclusivo e (iii) voce? ~ tu, buscamos correlacionar os padro?es de variac?a?o entre tu e voce? com as formas variantes utilizadas como complemento: acusativo (te~voce?~lhe~o/a), dativo (te~lhe~para/a voce?) e obli?quo (para ti ~ voce?) (LOPES e CAVALCANTE, 2011; LOPES, RUMEU, CAVALCANTE, 2013). Nosso intuito e? contribuir com o mapa descritivo dos sistemas de tratamento do portugue?s brasileiro, apresentando os dados de Pernambuco. Os resultados evidenciaram (i) o predomi?nio do padra?o voce?-excusivo na amostra; (ii) a variac?a?o das formas de complemento verbal como reflexo da mudanc?a na posic?a?o de sujeito causada pela implementac?a?o de voce? no paradigma pronominal do PB; (iii) na posic?a?o de acusativo, o cli?tico o-a foi a forma mais produtiva nas cartas de voce?-exclusivo por conta do perfil erudito do remetente e pela natureza do texto; (iv) em posic?a?o dativa e obli?qua, tambe?m houve uma correlac?a?o entre os complementos e as formas usadas na posic?a?o de sujeito: o dativo lhe foi mais produtivo e os sintagmas preposicionados com voce? tambe?m predominaram.


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Publicado

16-03-2017

Como Citar

GOMES, V. S.; LOPES, C. R. dos S. Variacão entre as formas dos paradigmas tu-você em cartas pernambucanas dos séculos XIX e XX. Revista do GELNE, [S. l.], v. 16, n. 1/2, p. 19–46, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/11626. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos