Línguas, culturas e direitos linguísticos no Peru

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n3ID32224

Resumo

No contexto da realidade plurilíngue do Peru existem, atualmente, cerca de 47 línguas autóctones, que são faladas e escritas por, aproximadamente, 4 milhões de peruanos (Cuadros Sanchez, 2016). A Constituição Política do Peru, de 1993, no Título II, Capítulo I, Art. 48, oficializou o castelhano e, em observância ao princípio da territorialidade, também o quechua, o aimara, e as demais línguas indígenas. Em 2011, foi promulgada, no país, a Lei das Línguas nº 29735, que regula o uso, preservação, desenvolvimento, recuperação, fomento e difusão dos idiomas originários (May, 2005). Neste trabalho de pesquisa bibliográfica, nossos propósitos foram definir como se categorizam as políticas linguísticas, com foco nas políticas declaradas, percebidas e praticadas (Spolsky, 2004, 2009, 2012), e apresentar como tais políticas estão sendo desenvolvidas no Peru, no sentido de garantir os direitos linguísticos das minorias (Pellicer, 1997) nos domínios da educação, dos serviços públicos administrativos e da justiça (Yataco, 2010). Concluímos que os esforços governamentais no processo de difusão, fomento e valorização das línguas originárias, apesar de serem bastante significativos, ainda não permitem que seus falantes usufruam plenamente dos seus direitos linguísticos.

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Biografia do Autor

Soraya Carvalho Souza Biller Teixeira, Universidade Federal de Sergipe

É doutoranda do pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bolsista Capes. Mestra em Letras e graduada em Letras Português e Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe. Realiza estudos diacrônicos em Lexicologia/Terminologia Sócio-Histórica, Tradições Discursivas, Linguística de corpus e tecnologias sociais aplicadas as Ciências do Léxico. Realiza suas pesquisas junto ao LADOC (Laboratório de Humanidades Digitais e Documentação Terminológica) da Universidade Federal de Sergipe.

Débora Simões Araújo, Universidade Federal de Sergipe

É doutoranda do pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Sergipe (UFS), mestra em Letras e graduada em Letras Português e Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe. Atua como Professora de língua espanhola no ensino básico técnico tecnológico do Instituto federal do Piauí (IFPI). É membro do Laboratório de Humanidades Digitais e Documentação Terminológica (LADOC) e do grupo de pesquisa GEMADELE – Elaboração e análise de material didático para o ensino de línguas estrangeiras/adicionais, (UFS).

Sandro Marcío Drumond Alves Marengo, Universidade Federal de Sergipe

É professor Associado de Linguística do Departamento de Letras Vernáculas e de Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Possui estágio Pós-doutoral em Terminologia Histórica, Humanidades Digitais e Linguística Histórica (Universidad Complutense de Madrid-2022 - e UFBA/CNPq - 2018), Doutorado em Estudos Linguísticos (UFMG), Mestrado em Letras Neolatinas (UFRJ/CNPq) e Graduação em Letras (UFRJ/CNPq) e História (UFS).

Fabrício Paiva Mota, Universidade Federal de Sergipe

É professor da Universidade Federal de Sergipe, atuando no Departamento de Letras Estrangeiras nos cursos de Letras-Espanhol e no Programa de Pós-Graduação em Letras. Professor da Universidade Federal de Roraima, atuando no Programa de Pós-Graduação em Letras. Doutor em Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp/Araraquara.

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Publicado

05-10-2023

Como Citar

CARVALHO SOUZA BILLER TEIXEIRA, S.; SIMÕES ARAÚJO, D.; DRUMOND ALVES MARENGO, S. M.; PAIVA MOTA, F. . Línguas, culturas e direitos linguísticos no Peru. Revista do GELNE, [S. l.], v. 25, n. 3, p. e32224, 2023. DOI: 10.21680/1517-7874.2023v25n3ID32224. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/32224. Acesso em: 24 jul. 2024.

Edição

Seção

Edição Especial 2023 - Linguagens sem fronteiras no mundo pós-pandêmico - Trabalhos selecionados da 29ª Jornada do GELNE