A política nacional de avaliação do enem: a proposta de redação e o imaginário de escritor ideal
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2017v19n1ID11224Resumen
Este trabalho, inscrito na perspectiva da Análise de Discurso Materialista de Linha Francesa, com Michel Pêcheux, e Eni Orlandi, no Brasil, tem por objetivo refletir sobre a política de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a partir da formulação da proposta de redação, enquanto um repetível que aponta para um imaginário de leitor/escritor “ideal”, projetado pelo discurso do Exame. Dessa maneira, as reflexões aqui articuladas dizem respeito à maneira como um sistema de avaliação em larga escala, em seu efeito classificatório, aponta para um imaginário de língua (escrita) e, consequentemente, para um perfil de aluno que se “enquadre” às normas ditas pelo Estado. Para tanto, destacamos a relevância deste estudo para o domínio da linguagem, sobretudo, para os pesquisadores que se voltam a pensar sobre as políticas educacionais, pois, dada a importância desse Programa para o Estado, observa-se que as análises refletem a constituição do sujeito institucionalizado por um imaginário de escrita, o que possibilita refletirmos, ainda, a projeção imaginária da posição-sujeito-aluno “ideal” para a escrita da redação. Estas questões nos possibilitam dizer que o modo como o sujeito se relaciona com escrita tem a ver com o modo como ele se relaciona com o conhecimento, com a linguagem e com a sociedade.
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