A argumentação no gênero discursivo contrato: uma análise dos modalizadores deônticos
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2020v22n1ID19555Resumen
A presente pesquisa tem como objetivo analisar e descrever o funcionamento semântico-argumentativo dos modalizadores deônticos no gênero discursivo Contrato, cuja finalidade é estabelecer um acordo entre pessoas que transferem, uma para a outra, determinados direitos ou se sujeitam a obrigações. A fundamentação teórica adotada neste trabalho tem base nos estudos sobre a Modalização Discursiva, apresentada por Lyons (1977), Cervoni (1989), Koch (2009), Castilho e Castilho (1993), Neves (2010), Nascimento e Silva (2012), entre outros, bem como na Teoria dos Gêneros Discursivos proposta por Bakhtin (2000 [1979]). Além desse aporte, também se fundamenta na Teoria da Argumentação na Língua, proposta por Ducrot e colaboradores (1988). O corpus é composto por 10 (dez) contratos que foram coletados em instituições públicas e privadas, além da rede mundial de computadores. Essa investigação é de natureza quali-quantitativa, de cunho descritivo e interpretativista, visto que foi descrito o funcionamento semântico-argumentativo dos modalizadores deônticos e os efeitos de sentido provocados por sua utilização nos textos objetos de investigação. O referencial adotado permitiu compreender como esses modalizadores funcionam estrategicamente nesse gênero. Observou-se, ao longo das análises, que, especificamente, os modalizadores deônticos de obrigatoriedade e os deônticos volitivos, não apenas em função da quantidade de ocorrências, mas, sobretudo, em função do papel que eles exercem no próprio texto, constituem-se parte integrante do funcionamento semântico-argumentativo dos contratos e, por esse motivo, são característicos do estilo linguístico desse gênero.
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