Linn da Quebrada: embates (de)coloniais sobre a mulher do ano 2022
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n1ID31302Resumen
Em 2022, o Prêmio Geração Glamour premiou a cantora e multi-artista Linn da Quebrada, que se identifica como travesti, na categoria Mulher do Ano. O resultado foi publicado nas redes sociais da Revista Glamour Brasil, e a seção de comentários da publicação se tornou um espaço de embates ideológicos. Levando-se em consideração esse contexto, o presente estudo tem como objetivo a análise das marcas coloniais e decoloniais que emergem dos discursos existentes em enunciados que respondem ao resultado do Prêmio Geração Glamour 2022, os quais colocam, no centro do debate, diferentes formas de assimilar e problematizar o signo ideológico “Mulher”. Esta pesquisa se caracteriza como qualitativa e traz como base teórico-metodológica o Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2010, 2011, 2015, 2016; VOLÓCHINOV, 2018a, 2018b, 2019), Mignolo (2017), Santos (2007), Walsh (2012) e Maldonado-Torres (2018). Verificou-se que os enunciados que refratam o pensamento da colonialidade buscam reafirmar o binarismo de gênero, o controle sobre os corpos e a sexualidade e a invisibilidade dos sujeitos que rompem com as normas. Os enunciados dos quais emerge o discurso da decolonialidade, por sua vez, denunciam a transfobia e dão a Linn da Quebrada uma posição de visibilidade e legitimidade.
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