Gênero textual na interface variação-gramaticalização: o caso da perífrase V (E) V2

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DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2020v22n2ID18878

Resumo

Com base em uma perspectiva de interface variação-gramaticalização, trato do uso variável dos verbos IR e PEGAR na perífrase V1 (E) V2. Faço uso de dados de fala extraídos dos corpora Discurso & Gramática referentes a Natal e ao Rio de Janeiro, e ao corpus VARSUL referente a Florianópolis. Tenho por objetivo analisar o gênero textual como fator condicionador da escolha entre IR e PEGAR para desempenhar o papel de V1 na perífrase V1 (E) V2. Os resultados mostram que IR é favorecido em relatos de procedimentos e relatos de opinião e PEGAR em narrativas de experiência pessoal e narrativas vicárias. É provável que IR e PEGAR tenham iniciado seu processo de mudança em gêneros narrativos, em que a perífrase V1 (E) V2 é mais frequente em várias línguas. Sendo assim, o fato de IR ser favorecido em gêneros textuais diferentes dos narrativos pode ser interpretado como um indício de que está mais avançando no processo de gramaticalização do que PEGAR.

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Biografia do Autor

Maria Alice Tavares, UFRN

Departamento de Letras da UFRN

Pós-graduação em Estudos da Linguagem

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Publicado

14-02-2020

Como Citar

TAVARES, M. A. Gênero textual na interface variação-gramaticalização: o caso da perífrase V (E) V2. Revista do GELNE, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 1–13, 2020. DOI: 10.21680/1517-7874.2020v22n2ID18878. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/18878. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos