A hipercorreção em redações modelo Enem do site Uol Educação
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n3ID32142Resumo
A dificuldade de atingir a norma linguística e o grau de formalidade requerido por avaliações de escrita, como a praticada pelo Enem, descortina a insegurança linguística de muitos estudantes brasileiros. Tal insegurança se materializa nas produções por meio de recursos como a aplicação exagerada de regras — a hipercorreção. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar e descrever qualitativamente os usos hipercorrigidos em redações modelo Enem produzidas por candidatos ao exame e corrigidas por profissionais do site UOL Educação. Para isso, analisamos 80 redações do site, catalogamos os usos hipercorrigidos identificados, evidenciando o tipo e a (não) correção por parte do profissional e, por fim, descrevemos cada um dos casos com base nas discussões da Sociolinguística, a partir de Bagno (2021), Bortone e Alves (2014) e Calvet (2002), observando os catalisadores que influenciam os casos identificados — as regras da norma-padrão e o domínio insuficiente, por parte dos redatores, das regras e convenções que regem o português escrito formal. Diante dos resultados, constatamos que a hipercorreção é um fenômeno presente em textos de estudantes candidatos ao exame, sendo majoritariamente identificado e corrigido pelo profissional de língua. No entanto, como indício de insegurança linguística, representa uma questão latente no ensino de português.
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