O verbo “meter”: da estrutura prototípica às extensões semântico-cognitivas
Palavras-chave:
semântica cognitiva, construções com verbo-suporte, verbos de movimento.Resumo
Um dos grandes “choques” linguísticos entre falantes do PE (português europeu) ePB (português brasileiro) – para além das diferenças fonéticas e lexicais – é a maneira como cadavariedade combina seus lexemas na formação de sintagmas verbais. Há uma tendência, naslínguas naturais, de fazer com que – a partir dessas combinações e da sua freqüência de uso –essas adquiram certo grau de fixidez, tanto sintática como semântica. Isso explica como é possívelque um determinado domínio cognitivo possa ser verbalizado por uma combinação específica deitens lexicais em uma variedade e que essa mesma sequência seja agramatical em outra,mostrando que traços semânticos podem ser ativados ou permanecer latentes, a depender dasnecessidades comunicativas de cada comunidade linguística. Partindo de um verbo específicocomo “meter”, observaremos como o PB e o PE utilizam o mesmo verbo para denominardomínios semânticos diferentes, mostrando que a combinação semântico-sintática do verbo comseus complementos apontam não só para uma diferença cultural, mas para uma distinção maisprofunda, de natureza cognitiva, tanto na peculiaridade do recorte que cada um faz do mundocomo na maneira de categorizar as informações dele extraídas.Downloads
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Publicado
03-03-2016
Como Citar
FORTUNATO, I. V. O verbo “meter”: da estrutura prototípica às extensões semântico-cognitivas. Revista do GELNE, [S. l.], v. 13, n. 1/2, p. 1–16, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9341. Acesso em: 21 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos
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