Educação laboral para pessoas cegas e surdas no Brasil oitocentista

Autores

  • Flávio Gonzalez Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
  • Cassia Geciauskas Sofiato Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21680/2596-0113.2024v7n1ID38032

Palavras-chave:

Educação Profissional, Educação Especial, História da Educação Especial, Pessoas com Deficiência

Resumo

O presente estudo apresenta um levantamento sobre o ensino de ofícios para pessoas cegas e surdas no Brasil no século XIX. Objetiva inventariar os ofícios ensinados no Imperial Instituto dos Meninos Cegos e no Imperial Instituto para Surdos-Mudos e refletir sobre seus projetos de formação. Para isso, optou-se pela abordagem qualitativa e o estudo bibliográfico e documental. Verificou-se que havia uma preocupação com o tema por razões econômicas e sociais, incluindo um viés higienista, buscando alinhar a educação brasileira com as melhores práticas, sobretudo francesas. Os resultados demonstram que ofícios fabris e mecânicos, de status inferior ao das profissões consideradas mais nobres, foram a escolha para estas primeiras tentativas de educação laboral de pessoas com deficiência no país

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Biografia do Autor

Flávio Gonzalez, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Doutorando em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)

Cassia Geciauskas Sofiato , Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) no Departamento de Filosofia e Ciências da Educação (EDF) e do Programa de Pós-graduação em Educação.

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Publicado

22-12-2024

Como Citar

Gonzalez, F. . . ., & Sofiato , C. G. . (2024). Educação laboral para pessoas cegas e surdas no Brasil oitocentista. History of Education in Latin America - HistELA, 7(1), e38032. https://doi.org/10.21680/2596-0113.2024v7n1ID38032

Edição

Seção

Artigos