Um Ebó para descarregar Foucault da Colonialidade
os usos da analítica Foucaultiana em Sociedades Coloniais
DOI:
https://doi.org/10.21680/2596-0113.2024v7n1ID38035Palavras-chave:
Biopoder, Colonialismo, Racismo, colôniasResumo
Este texto analisa a obra de Michel Foucault, especialmente suas teses sobre biopoder e racismo de Estado, destacando uma lacuna crítica na sua análise: a omissão do impacto do colonialismo europeu. Apesar das contribuições significativas de Foucault para a compreensão das dinâmicas de poder e controle social, suas genealogias, centradas na Europa, negligenciam o papel do colonialismo na formação das práticas de vigilância e controle.A crítica de Stoler (2020) é central, apontando que a análise de Foucault, ao focar excessivamente nos corpos brancos europeus, desconsidera a influência do Oriente e das colônias, resultando em uma narrativa eurocêntrica. Stoler argumenta que essa limitação reduz a capacidade da obra de Foucault de capturar as dinâmicas raciais e coloniais que moldaram o biopoder.
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