Fake news e cidadania digital: procedimentos de checagem de fatos em textos multissemióticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n3ID32145

Resumo

Não é de hoje que a desinformação assola o mundo. Há uma série de relatos de fake news desde a Antiguidade Clássica (MARQUÉS, 2019), passando por todos os momentos da história da humanidade e chegando ao ápice nos últimos anos, sobretudo com o desenvolvimento de tecnologias digitais e sites de redes sociais. Pode-se dizer que as fake news mudaram o curso da história da humanidade, e não foi diferente no Brasil: os golpes militares de 1889, 1937 e 1964, por exemplo, foram frutos da desinformação. Neste trabalho, nosso objetivo é o de sugerir critérios objetivos que permitam a didatização da checagem de textos multissemióticos fundados na desinformação, ou o que mais popularmente conhecemos como fake news (FN), considerando a acepção da cidadania digital envolta no compartilhamento consciente e crítico de informações. Para isso, amparamo-nos nos estudos de Wardle e Derakshan (2017), que versam sobre o Quadro da Desordem da Desinformação; em Seserig e Máximo (2017) e Tobias (2018), que apontam elementos caracterizadores da desinformação; em Kress (2010), Paiva (2021) e Ribeiro (2021), para a discussão sobre textos multissemióticos, e em Nascimento (2020) e Nascimento; Lima-Neto (2021), sobre procedimentos de checagem de fatos. Metodologicamente selecionamos duas FN, uma com temática política e outra sanitária, que circularam em meio digital e já foram desmistificadas por agências de checagem. Os resultados apontam que há dois grupos de critérios mais amplos que auxiliam na identificação: os de expressão, mais imediatos; e os de conteúdo, menos imediatos, com exigência de confirmação de evidências. Ambos os grupos parecem dar conta de identificar FN em diferentes estruturas e temáticas.

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Biografia do Autor

Isadora Oliveira do Nascimento, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Graduada em Direito pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Especialista em Administração Pública pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Mestra em Ensino (POSENSINO - IFRN/UERN/UFERSA). Doutoranda em Estudos da Linguagem ( PPgEl - UFRN). Assistente em Administração da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

Vicente de Lima-Neto, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Professor de Linguística da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Líder do Grupo de Pesquisa Linguagens e Internet (GLINET).

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Publicado

05-10-2023

Como Citar

OLIVEIRA DO NASCIMENTO, I.; DE LIMA-NETO, V. Fake news e cidadania digital: procedimentos de checagem de fatos em textos multissemióticos. Revista do GELNE, [S. l.], v. 25, n. 3, p. e32145, 2023. DOI: 10.21680/1517-7874.2023v25n3ID32145. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/32145. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Edição Especial 2023 - Linguagens sem fronteiras no mundo pós-pandêmico - Trabalhos selecionados da 29ª Jornada do GELNE