OS REPERTÓRIOS LINGUÍSTICOS: PRÁTICAS DE PODER NÃO INSTITUCIONALIZADO NO ESPAÇO PRISIONAL
Palavras-chave:
Linguagem. Poder. Repertórios linguísticos. Cotidiano prisional.Resumo
O presente estudo versa sobre os repertórios linguísticos enquanto prática de poder não institucionalizado no espaço prisional e é fruto de uma pesquisa de doutorado em Ciências Sociais que teve como tema central a linguagem como prática social no cotidiano da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), unidade integrada ao Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte (SISPERN). No aspecto metodológico, o estudo se situa numa abordagem qualitativa, que teve como principal instrumento a entrevista. A investigação foi possível mediante a utilização de instrumentos de coleta de dados, como: a observação direta no cotidiano prisional, o diário de campo como procedimento etnográfico do pesquisador, a análise documental dos prontuários dos internos e a aplicação de entrevista semiestruturada, junto aos sujeitos da pesquisa. Os resultados evidenciaram que o cotidiano prisional da PEP se caracteriza por uma diversidade sociocultural expressa nas relações de poder não institucionalizado, que contribui para a formação e divisão de grupos, de modo que cada um dispõe de um conjunto de códigos/repertórios de sustentação da linguagem. Por isso, a linguagem, no cotidiano prisional, é um dos caminhos para compreender a singularidade das relações de sociabilidade e uma prática social mediada por relações/exercícios de poder e de interesses antagônicos, nos quais cada grupo visa, a priori, atender aos seus interesses.Downloads
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Publicado
08-08-2016
Como Citar
CÂMARA OLIVEIRA, H. OS REPERTÓRIOS LINGUÍSTICOS: PRÁTICAS DE PODER NÃO INSTITUCIONALIZADO NO ESPAÇO PRISIONAL. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 1, n. 17, p. 152–168, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/9932. Acesso em: 5 nov. 2024.