VIABILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DE SUCOS INDUSTRIALIZADOS POR SUCOS NATURAIS NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Authors

  • Mikaella Hayanne Medeiros dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
  • Dinara Leslye Macedo e Silva Calazans Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
  • Taiana Brito Menezes Flor Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Escola Agrícola de Jundiai Restaurante Universitário
  • Fábio Resende de Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-7286.2016v2n3ID11059

Keywords:

Palavras-chaves, Políticas públicas. Alimentação escolar. Alimentação saudável.

Abstract

Introdução O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) faz parte da Política Pública que preconiza a promoção de alimentação saudável e restrição de alimentos ultraprocessados, tendo o nutricionista papel fundamental na garantia de suas diretrizes. A promoção de hábitos alimentares saudáveis em idade precoce (infância e adolescência) favorece a redução de DCNT na vida adulta, sendo a escola ambiente privilegiado para isto. Objetivo O objetivo deste estudo foi verificar a viabilidade técnica, operacional e econômica da substituição dos sucos prontos servidos atualmente na alimentação escolar em uma escola pública federal por sucos naturais, com base nas diretrizes dispostas pela PNAE. Método Trata-se de um estudo de viabilidade realizado no Restaurante Universitário da Escola Agrícola de Jundiaí, vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Foram analisadas três grandes variáveis: econômicas, que avaliam o custo para produção dos sucos; operacionais, que visam verificar os pontos mais relevantes a serem considerados para que se tenha efetividade de produção de sucos; e técnicas, que analisam a qualidade nutricional e sanitária dos sucos Resultados Para todas as variáveis estudadas a oferta do suco natural comparativamente ao suco industrializado se apresentou como melhor escolha. Economicamente o suco industrializado apresentou custo unitário maior que 200% em relação ao suco natural. Em relação a variável técnica, nutricionalmente o suco natural apresentou maior percentual de fibras, vitaminas e minerais, além de um menor teor de sódio. Não houve limitações estruturais, nem de equipamentos e utensílios ou mudanças significativas no fluxo de produção da unidade com a inserção do suco natural. Conclusões O estudo apoia a decisão do nutricionista, gestor desse processo, na viabilização da substituição na oferta do suco industrializado pelo natural, favorecendo a melhor utilização dos recursos públicos e a oferta de uma alimentação nutricionalmente mais adequada, contribuindo para efetivação do PNAE enquanto Politica Pública.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Mikaella Hayanne Medeiros dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.

Acadêmica do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.

Dinara Leslye Macedo e Silva Calazans, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Nutricionista. Doutora em Administração. Especialista em Vigilância Sanitária. Professora do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.  

Taiana Brito Menezes Flor, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Escola Agrícola de Jundiai Restaurante Universitário

Nutricionista graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Servidora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Técnico em Administração - Nutricionista.

Fábio Resende de Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Nutricionista. Doutor em Administração. Professor do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.

References

BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Secretaria de Educação a Distância. 2nd ed. MEC FNDE SEED, editor. Mec, Fnde, Seed. Brasília; 2008. 112 p.

BRASIL. Resolução CD/FNDE No 26 de 17 de junho de 2013. Conselho Deliberativo 2013 p. 1–44.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saúde Escolar: 2015. 1st ed. IBGE, editor. Rio de Janeiro; 2016. 132 p.

BRASIL. Guia Alimentar Para a População Brasileira. 2nd ed. Ministério da Saúde, editor. Brasília; 2014. 156 p.

BRASIL. Portaria Interministerial No 1.010de 8 de maio de 2006. [Internet]. Brasil 2006 p. 3. Available from: http://crn3.org.br/legislacao/doc/1.010_2006.pdf

World Health Organization. Nutrition in adolescence: issues and challenges for the health sector [Internet]. Issues in Adolescent Health and Development. Geneva; 2005. 32 p. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43342/1/9241593660_eng.pdf

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doenças crônico-degenerativas e obesidade?: estratégia mundial sobre alimentação saudável , atividade física e saúde. Organizaçaõ Pan-Americana de Saúde, editor. Organização Pan-Americana Da Saúde. Brasília; 2003. 60 p.

Vieira MNCM, Japur CC. Gestão da qualidade na produção de refeições. 1st ed. Guanabara, editor. Rio de Janeiro; 2012. 294 p.

BRASIL. Resolução CFN no 380 de 28 de dezembro de 2005 [Internet]. 2005 p. 45. Available from: http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2005/res380.pdf

SUPERINTENDÊNCIA DE INFORMÁTICA. SIPAC - Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos [Internet]. 2011 [cited 2016 Sep 22]. Available from: https://docs.info.ufrn.br/doku.php?id=suporte:sipac:visao_geral

COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE. cosern [Internet]. [cited 2016 Sep 10]. Available from: http://servicos.cosern.com.br/residencial-rural/Pages/Baixa Tensão/aprenda-a-ler-seu-medidor.aspx

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626, Instalação predial de água fria [Internet]. 1998. p. 41. Available from: https://ecivilufes.files.wordpress.com/2013/06/nbr-05626-1998-instalac3a7c3a3o-predial-de-c3a1gua-fria.pdf

COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS DO RIO GRANDE DO NORTE. Estrutura tarifária [Internet]. [cited 2016 May 24]. Available from: http://si.caern.com.br/gsan/exibirConsultarEstruturaTarifariaPortalCaernAction.do

Philiphi ST. Tabela de composição de alimentos: suporte para decisão nutricional. 4th ed. Manole, editor. 2013. 164 p.

TACO. Tabela brasileira de composição de alimentos [Internet]. 4th ed. NEPA-UNICAMP, editor. NEPA - Unicamp. Campinas; 2011. 161 p. Available from: http://www.unicamp.br/nepa/taco/

ANVISA. Resolução RDC 216 de 15 de setembro de 2004. Diário oficial da união 2004.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO. Nota técnica no 01. 2014;3–5.

Silva MV da S, Danelon MS. Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs): análise dos pareceres conclusivos sobre a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Segurança Aliment e Nutr. 2013;20(1):122–35.

BRASIL. Lei no 11.947 de 16 de junho de 2009. Casa Civil 2009 p. 1–14.

Sant’ana HMP. Planejamento Físico-funcional de Unidades de Alimentação e Nutrição. 2nd ed. Rubio, editor. São Paulo; 2012.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Nota técnica no 5002. 2016;(2001):16–7. Available from: https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=getAtoPublico&sgl_tipo=NTC&num_ato=00005002&seq_ato=000&vlr_ano=2016&sgl_orgao=FNDE/MEC&cod_modulo=9&cod_menu=940

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Global Strategy, on diet, physical activity and health [Internet]. Organização Mundial de Saúde, editor. Vasa. Geneva; 2004. Available from: http://medcontent.metapress.com/index/A65RM03P4874243N.pdf

Pereira EB. Avaliação do teor de sódio na alimentação de estudantes de escolas públicas em Natal-RN. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2016.

BRASIL. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 1st ed. Ministério da Saúde, editor. Brasília: Ministério da Saúde. Brasília; 2013. 86 p.

Moretti CL, Oliveira DA de, Vieira JV, Nascimento WM, Timm CA, Macedo A, et al. A importância nutricional das hortaliças. EMBRAPA, editor. Brasília; 2012. 16 p.

Published

14-04-2017

How to Cite

DOS SANTOS, M. H. M.; CALAZANS, D. L. M. e S.; FLOR, T. B. M.; DE ARAÚJO, F. R. VIABILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DE SUCOS INDUSTRIALIZADOS POR SUCOS NATURAIS NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR. Revista Ciência Plural, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 30–44, 2017. DOI: 10.21680/2446-7286.2016v2n3ID11059. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/11059. Acesso em: 24 nov. 2024.

Issue

Section

Artigos