A INTERSECCIONALIDADE ENTRE SOLIDÃO, MORTE SIMBÓLICA E AS INSTITUIÇÕES TOTAIS
A REDUÇÃO DO OUTRO À TOTALIDADE EM OPOSIÇÃO A METAFÍSICA DA ÉTICA DA ALTERIDADE
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-310X.2023v16n1ID36002Resumen
O presente artigo busca realizar uma reflexão a partir da análise das interfaces das instituições totais propostas por Erving Goffman, como sendo estruturas sociais de poder que totalizam os sujeitos, reforçando padrões de isolamento e uniformidade dos indivíduos, aniquilando suas singularidades diante do tratamento como um grupo homogêneo, incorrendo numa espécie de morte simbólica destes indivíduos e a impossibilidade de relações constituídas através da metafísica da ética da alteridade, teoria proposta pelo filósofo Emmanuel Lévinas. Diante deste cenário, o problema que orienta a pesquisa pode ser sintetizado no seguinte questionamento: em que medida as instituições totais corroboram para a aniquilação da singularidade dos sujeitos e a impossibilidade de constituição de uma relação ética de alteridade? Para possibilitar o desenvolvimento da problemática proposta, o artigo objetiva analisar a relação entre solidão e morte simbólica dos sujeitos nas instituições totais, como sendo uma de suas dinâmicas de poder que impossibilita a constituição de relações a partir da ética da alteridade. Utilizando-se do método hipotético-dedutivo, com emprego da técnica bibliográfica e documental, conclui-se que as instituições totais são estruturas alicerçadas no pensamento de totalidade, na medida em que promovem o apagamento da singularidade dos indivíduos, produzindo a morte simbólica destes e a impossibilidade de relações estabelecidas a partir da metafísica da ética da alteridade, que propõe uma abertura necessária para o “outro” como sendo intransponível na constituição dos sujeitos.
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