A DESPRIVATIZAÇÃO POLÍTICA DA RELIGIÃO

Autores

  • Orivaldo P. Lopes Jr. UFRN

Palavras-chave:

Religião-Política. Ciência-Religião. Esfera Pública. Democracia.

Resumo

Muitas vezes, a tentativa de relegar a religião ao âmbito privado faz parte de um esforço mais amplo de “privatização da vida”, com a consequente debilitação da democracia. Se tomarmos o cristianismo como exemplo, perceberemos que em seu próprio coração está presente uma crítica feroz ao poder. Essa crítica pode se tornar uma exigência democrática na forma de potência praticada pelos fracos. A ação da religião na esfera pública somente pode se constituir em um ato democrático quando se adota para com ela uma atitude interacionista. Um exemplo dessa interação se encontra no pensamento do filósofo italiano Gianni Vattimo, quando utiliza como categoria fundamental de análise o que ele chama de “pensiero debole” (pensamento fraco). Tal categoria filosófica, visto haver nela uma base teológica, provoca um desafio de autoavaliação tanto no âmbito da religião como no da ciência. Convocado de fora, nesse caso pela Filosofia, o cristianismo pode refletir sobre sua teologia política e aprimorar sua participação na sociedade. Ao mesmo tempo, a ciência pode se ver confrontada em seu racionalismo, que limita a religião à esfera privada

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Biografia do Autor

Orivaldo P. Lopes Jr., UFRN

Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFRN, e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Socais. Coordenador do Grupo de Pesquisa Mythos-Logos: Religião, Mitol e Espiritualidade. Ex coordenado da graduação e da pós em Ciências Sociais. Graduado em Teologia e em Letras. Mestrado em Teologia e em Ciências Sociais, Doutorado na PUC-SP em Ciências Sociais. Pós-doutorado na Università Degli Studi di Padova.

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Publicado

08-08-2016

Como Citar

LOPES JR., O. P. A DESPRIVATIZAÇÃO POLÍTICA DA RELIGIÃO. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 1, n. 17, p. 04–16, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/9923. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ RELIGIÃO NA ESFERA PÚBLICA: UM CASO DE POLÍCIA OU UMA QUESTÃO POLÍTICA?