Direito ao esquecimento e sua representação
uma abordagem etnográfica com diretores de arquivos públicos Capixabas, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21680/2447-0198.2022v6n0ID25322Palavras-chave:
Apropriação da informação, Etnometodologia, Introjeção do conhecimento, Prática informacional, Direito à InformaçãoResumo
Estudo realizado com três diretores de Arquivos Públicos municipais no Estado do Espírito Santo, que tomam a memória e o esquecimento como protagonistas do processo dinâmico da cultura popular. Busca-se regatar a percepção sobre o direito ao esquecimento, e de como a essa temática repercute em termos de sentidos sociais amplos. A figuração do esquecimento o torna um direito questionável. Assim, pretende-se entender a representação desse contexto na infoera. O diagnóstico é interpretado à luz da etnometodologia corrente: indivíduos constroem a realidade social em que estão inseridos. Os resultados mostram as introjeções de saberes dos dirigentes de arquivos com relação ao direito ao esquecimento nas vias do método de história oral de vida, trazendo relatos de alguns personagens marcantes na correlação desse tema. Conclui que o direito ao esquecimento, perante o período da pandemia da Covid-19, pauta provocações vastas e envolve a democracia e a liberdade de impressa, a comunicação sócio-digital, a privacidade e as questões éticas e o situar da responsabilidade social.
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