ESTADO DE NATUREZA, CONTRATO SOCIAL E ELOQUÊNCIA NA FILOSOFIA POLÍTICA DE THOMAS HOBBES
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2023v23n3ID33580Palavras-chave:
Hobbes; Beligerância; Contrato Social; Eloquência.Resumo
Este estudo de cunho bibliográfico e teórico, objetiva primordial analisar a relação das ideias arquitetadas e denominadas por Thomas Hobbes como estado de natureza, contrato Social e eloquência, desta última, analisando a sua habilidade retórica. A primeira ideia denota um estado anterior à constituição da sociedade civil. Seria uma hipótese em que haveria guerra e competição entre os sujeitos, justificada pela ausência de um ser que personifique o poder soberano. Nesse contexto, cada pessoa busca seus interesses pessoais, resultando em uma vida insegura e instável. Para escapar desse estado caótico, Hobbes propõe um contrato, no qual os indivíduos concordam em desistir da liberdade e autorregulação em prol da proteção de um soberano absoluto que os governe. Na sustentação do referido acordo social, está o talento da habilidade retórica da eloquência, que entraria como auxiliar da razão, moldando as paixões dos súditos em prol da obediência civil. Na conclusão, é percebido que o contrato hobbesiano constitui a autoridade do soberano, mas não é o suficiente no que tange impedir o retorno ao estado beligerante sem o uso da habilidade retórica da eloquência na mente da população como reforço a obediência civil.
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