ENSAIO SOBRE POLÍTICAS ESPONTÂNEAS E A PARALISIA DE CERTA ANTROPOLOGIA

Autores

  • Eduardo Rocha UFRN/UNIVASF

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-1662.2016v1n19ID11780

Palavras-chave:

Política espontânea, Caatinga, Biologia da Conservação, Antropologia da Ciência e da Técnica

Resumo

Este ensaio é composto por uma problematização sobre o que o trabalho antropológico pode ou não poder fazer. A minha ideia é demonstrar vínculos morais e instantâneos das atividades antropológicas e desníveis de seriedade que temos diante de diferentes discursos. Ao longo do texto eu apresento uma situação singular do meu trabalho de campo junto aos Biólogos da Conservação que executam atividades de reflorestamento do Bioma Caatinga, em áreas degradadas pela Transposição do Rio São Francisco. Destaco nesta incursão etnográfica, elementos que marcam minha entrada em campo, consequentemente, elementos que constituem uma rede dos ganhos antropológicos a partir de elementos nos/dos trabalhos biológicos. Em seguida, eu demonstro como – incitado por um fazer moralizado e uma moral do preceder antropológico –, afasto-me dos meus interlocutores/biólogos por efeito de seus estranhamentos de atividades de comunidades tradicionais em condições semiáridas. Se reformulações das abordagens antropológicas, à luz de novos dados etnográficos, devem ser constante e constituinte, acredito que as inquietações contidas nesta comunicação configuram uma forma singular de conflito entre posicionamentos políticos da disciplina, historicamente edificados, e aparatos teórico-metodológicos, epistemologicamente colocados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Rocha, UFRN/UNIVASF

Doutorando e Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Pesquisador do KRISIS – Antropologia Crítica, laboratório de pesquisa e extensão da UNIVASF. Acompanha a produção científica de Biólogos da Conservação no(do) Nordeste brasileiro, a partir de tensionamentos gerados por elementos do Bioma Caatinga e elementos da Política de Integração Nacional, com base em questões colocadas pela Antropologia da Ciência e da Tecnologia (ACT).

Downloads

Publicado

07-04-2017

Como Citar

ROCHA, E. ENSAIO SOBRE POLÍTICAS ESPONTÂNEAS E A PARALISIA DE CERTA ANTROPOLOGIA. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 1, n. 19, p. 50–64, 2017. DOI: 10.21680/1982-1662.2016v1n19ID11780. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/11780. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ TEORIA ATOR-REDE