OS CAMINHOS DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E DA EDUCAÇÃO POPULAR COMO FORMAS DE RESISTÊNCIA NA LUTA PELA CONQUISTA DA TERRA DO ACAMPAMENTO VIVA DEUS DE IMPERATRIZ/MA.
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2025v25n01ID37245Palavras-chave:
Acampamento Viva Deus, Mística, Educação Popular, Psicologia ComunitáriaResumo
O Acampamento da Comunidade Viva Deus está inserido na reserva do Bioma Amazônico e surgiu a partir da orientação do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Imperatriz, com o objetivo de assentar 110 famílias na antiga Fazenda El Dourado, desapropriada pelo INCRA para fins de Reforma Agrária em meados de 2003. A fazenda está localizada a 45 km da cidade de Imperatriz, na Estrada Padre Josimo, mais conhecida como "Estrada do Arroz". O Objetivo é relatar de que forma a Psicologia Comunitária, em parceria com a Educação Popular, tem contribuído para a resistência e criação de estratégias na luta pela conquista da terra na comunidade. Temos como base a perspectiva de Psicologia Comunitária de Martin-Baró (1985, 1998), a Educação Popular de Paulo Freire (1967, 1987, 1996), as Trajetórias de Vida de Arroyo (2004) e a Mística de Bogo (2008). A metodologia se desenvolve a partir do Círculo de Cultura, Palavra Geradora de Freire, e da situação-problema-desafio de Barroso (2015), além de incluir pesquisa qualitativa e pesquisa-ação de Minayo (2001). A Comunidade Viva Deus resiste há 21 anos buscando a legitimação das terras e, através da Educação Popular de Paulo Freire, cria meios a partir do diálogo e da amorosidade para superar situações-problemas-desafios que impedem os moradores de se autocompreenderem e compreenderem o outro como companheiros na luta, promovendo uma relação social menos conflituosa entre eles. Apesar da instabilidade emocional, os membros da comunidade se tornaram mais fortes e resilientes frente à opressão governamental e industrial, fortalecendo seus conhecimentos, autorreconhecimento e autonomias individuais e coletivas.
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