O Dilema da Governança na Regionalização do Turismo em Brasília e sua Região Turística
DOI:
https://doi.org/10.21680/2357-8211.2025v13n2ID37009Palavras-chave:
Turismo, Governança, Regionalização, Distrito FederalResumo
Percebe-se, com a regionalização do turismo, que essa política pública implementa ações desconexas com a realidade, criando uma distância entre o que é pensado na sua formulação e o que é realizado na sua implementação. Este artigo, assim, traz o conceito de governança para observar a não-efetividade do Programa de Regionalização do Turismo, com um estudo de caso na Região Turística de Brasília. Constata-se que, apesar de a governança ser um elemento central na constituição da política pública, ela é negligenciada, o que faz com que os usos do território sejam desconexos e não interpretem a materialidade do turismo como uma prática social sobre o território. Como implicação social, espera-se que este artigo contribua para uma discussão sobre a efetividade das políticas a partir da governança, de modo a perceber como sua implementação se dá no território.
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Este artigo investiga a fragilidade da governança como elemento que compromete a efetividade do Programa de Regionalização do Turismo – PRT na Região Turística de Brasília–RTB, revelando como a lacuna entre formulação e implementação aprofunda essa realidade. Apesar de o PRT prever integração regional, participação social e descentralização decisória, a análise documental das diretrizes do programa, das atas do Conselho de Desenvolvimento do Turismo do Distrito Federal – CONDETUR-DF e das entrevistas com gestores públicos de cinco municípios (Brasília, Alto Paraíso de Goiás, Formosa, Pirenópolis e Unaí) evidenciou uma fragmentação da região turística, uma centralização das decisões e uma preponderância dos atores corporativos no processo de implementação. Os resultados demonstram que a governança, embora central no desenho do PRT, é negligenciada na prática, gerando fragmentação nas ações e desalinhamento entre objetivos políticos e integração regional. Como implicação, o estudo destaca a necessidade de revisitar mecanismos de governança, promovendo transparência, participação interfederativa e monitoramento contínuo para realinhar as políticas públicas às necessidades locais, fortalecendo a democratização e o aprofundamento do entendimento entre os gestores do recorte estudado.
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