A EXPRESSÃO CRIATIVA NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR DURANTE O ENSINO REMOTO
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2021v21n1ID31369Palavras-chave:
Pandemia, Covid 19, Ensino Remoto, Criatividade, Inclusão EscolarResumo
Em 2020, a humanidade foi surpreendida pela Pandemia do Covid-19, que acarretou inúmeros impactos em diferentes dimensões. Na educação, uma das consequências imediatas foi o fechamento das instituições escolares e a proposição do ensino remoto. Nesse contexto, a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais tornou-se um desafio ainda maior. Assim, este trabalho aborda os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo geral analisar a expressão da criatividade nas práticas pedagógicas visando à inclusão escolar durante o ensino remoto. Os objetivos específicos foram: identificar as estratégias pedagógicas adotadas pela escola, no contexto do ensino remoto para a inclusão de alunos público-alvo da educação especial; verificar as alternativas utilizadas para garantir a participação desses alunos no ensino remoto; analisar a expressão da criatividade no trabalho pedagógico realizado durante a pandemia, visando a efetiva inclusão de todos os alunos. Metodologicamente, a investigação se caracteriza como uma pesquisa de campo, cujo ambiente investigado foi uma escola pública do município de Caicó/RN. Os participantes foram dois professores que tinham alunos com deficiência durante os anos de 2020 e 2021. Assim, foi utilizado um questionário semiestruturado, cujas respostas foram analisadas por meio da Análise de Conteúdo. Constatou-se que a expressão criativa não consiste em algo inédito, mas na utilização de meios já existentes, adaptando-os às necessidades presentes para possibilitar ao aluno com NEE condições de aprendizagem e desenvolvimento. Dessa forma, entende-se que a expressão da criatividade é um aspecto de grande valor no processo de inclusão de todos os educandos.
Downloads
Referências
ARRUDA, E. P. Educação Remota Emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. Revista de Educação a Distância. v. 7, n. 1, 2020.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Portugal: Presses, 1977.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Coleção Ciências da Educação. Porto Editora, LDA. Porto: Portugal, 1994.
BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: decreto legislativo nº 186, de 09 de julho de 2008: decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. 4. ed., rev. e atual. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011.
BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão – LBI. Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei 13.146/15. 2016. Disponível em: < https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Guia-sobre-a-LBI-digital.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2022.
BRASIL. Lei nº 14.040, de 18 de agosto de 2020. Disponível em: < https://coronavirus.saude.mg.gov.br/images/legislacoes/19-08_LEI-N14040.pdf>. Acesso em: 27 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://www.gov.br. Acesso em: 14 jan. 2022.
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE. Declaração de Salamanca e Linha de Ação. Sobre necessidades educativas especiais. 2. ed. Brasília: CORDE, 1997.
BRASIL. Senado Federal. Constituição (l988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: do que estamos falando? Revista Educação Especial. Santa Maria/RS, n. 26, 2005.
DUDH. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nova York: ONU, 1948.
FRANCO, Maria Laura Puglisi Barbosa. Análise de Conteúdo. 2. ed. Brasília: Liber Livro, 2005. (Série Pesquisa, 6).
FRIZON, Vanessa. Tecnologias Digitais em Educação: compreensões que permeiam os projetos político-pedagógicos e as diretrizes curriculares da rede pública de ensino de Concórdia/SC. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Chapecó, 2015.
GARCIA, T. C. M; MORAIS, I. R. D.; ZAROS, L. G.; RÊGO, M. C. F. D. Ensino remoto emergencial proposta de design para organização de aulas recurso eletrônico. 2020. Disponível em: <https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29767/1/ENSINO%20REMOTO%20EMERGENCIAL_proposta_de_design_organizacao_aulas.pdf>. Acesso em: 27 out. 2021.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GONZÁLEZ REY, Fernando. Psicologia e Educação. In: RAYS, Oswaldo Alonso (Org.). Trabalho pedagógico: realidades e perspectivas. Porto Alegre: Sulina, 1999. p. 102-117.
GONZÁLEZ REY, Fernando. Sujeito e subjetividade. São Paulo: Thomson, 2003.
MANTOAN, M. T. E. O direito de ser, sendo diferente, na escola. R. CEJ, Brasília, n. 26, p. 36-44, jul./set. 2004.
MITJÁNS MARTÍNEZ, Albertina. Criatividade, personalidade e educação. 3. ed. Campinas/SP: Papirus, 2003a.
MITJÁNS MARTÍNEZ, Albertina. El professor como sujeito: elemento essencial de la formación de professores para la educación inclusiva. Porto Alegre, Revista Movimento, n. 07, p. 137-149, maio, 2003b.
MITJÁNS MARTÍNEZ, Albertina. Criatividade no trabalho pedagógico e criatividade na aprendizagem: uma relação necessária? In: TACCA, Maria Carmen Villela Rosa. Aprendizagem e trabalho pedagógico. 2. ed. Campinas-SP: Alínea, 2008. p. 69-94.
MOURÃO, R. F. Criatividade do professor: sentido e ação, um estudo da relação entre o sentido subjetivo da criatividade do professor e sua prática pedagógica com projetos. Brasília: UnB, 2004.
NIENOV, O. H.; CAPP, E. Introdução a estratégias didáticas para o ensino remoto. 2021. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/223473/001128230.pdf?sequence=1>. Acesso em: 22 dez. 2021.
OLIVEIRA, Maria do Socorro de Lima et al. Diálogos com Docentes sobre Ensino Remoto e Planejamento Didático. Recife: UDUFRPE, 2020.
REIS, I. E.; TRINDADE, A. L. C.; ROSA, A. Aprendizagem e a inclusão do aluno com deficiente intelectual no ensino regular. 2020. Disponível em: < https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA11_ID71_30072020151355.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2021.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO. Plano de Ensino Remoto do Curso. Recife, 2020. Disponível em http://lm.ufrpe.br/sites/lm.ufrpe.br/files/PLANO%20DE%20ENSINO%20REMOTO%20DO%20CURSO%20%28PERC%29.pdf. Acesso em 10 maio 2022.
VELOSO, W. P. Metodologia do trabalho científico: normas técnicas para redação de trabalho científico. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2011.
VERCEZE, Rosa Maria Nechi. A interação professor/aluno na sala de aula teacher-students interaction in the classroom. 2005. Disponível em: <http://www.ippucsp.org.br/dowloads/anais_14o_congresso/R-W/RosaMariaNechiVerceze.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2022.
VIEIRA, Francileide Batista de Almeida. Formação, subjetividade e criatividade: elementos para a construção de uma escola inclusiva. 2012. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2012.
VIGOTSKY, Lev Semenovitch. Imaginación e creacion em la edad infantil. Havana: Pueblo y Educación, 1999.
VIGOTSKY, Lev Semenovitch. Obras escogidas. Tomo V. Fundamentos da defectología. Madrid, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação inicial nesta revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Foram feitos todos os esforços para identificar e creditar os detentores de direitos sobre as imagens publicadas. Se tem direitos sobre alguma destas imagens e não foi corretamente identificado, por favor, entre em contato com a revista Saberes e publicaremos a correção num dos próximos números.
English
Español (España)
Português (Brasil)
